Você sabia que existe uma função escondida no seu iPhone que impede até ladrão que sabe sua senha de mudar suas configurações? Pois é. Desde o iOS 17.3, lançado em 2024, a Apple disponibilizou a Proteção de Dispositivo Roubado, uma camada extra de segurança que pode salvar seus dados em caso de furto. Mas aqui vai o detalhe mais curioso: 40% dos usuários brasileiros ainda não ativaram esse recurso.
E isso é ainda mais surpreendente porque o Brasil é um dos países com maior taxa de ativação do recurso no mundo. Enquanto a média global é de 50%, por aqui já chegou a 60%. Ainda assim, quase metade das pessoas com iPhone segue vulnerável.
Como funciona essa proteção secreta
O que a Apple fez foi criar um sistema que trava as alterações mais críticas no celular se ele for levado para longe dos seus locais familiares, como casa ou trabalho. Então, mesmo que o ladrão tenha visto você digitando sua senha, ele não vai conseguir, por exemplo, trocar sua Apple ID, desativar o rastreamento ou redefinir o aparelho sem passar pela biometria facial ou digital.
Além disso, a função exige tempo de espera e impede o uso de métodos de pagamento, mudanças em ajustes importantes e até a remoção de autenticação biométrica. Ou seja, o ladrão até pode levar o celular, mas vai carregar um peso inútil no bolso.
Por que você ainda não ativou?
A função não vem ativada por padrão. Para ativar, é só seguir esse caminho:
Ajustes → Face ID e Código → Proteção de Dispositivo Roubado.
E você ainda pode escolher se quer que ela funcione o tempo todo ou só fora de locais conhecidos.
E sabe o que é mais curioso? O recurso ficou tão popular que ganhou o apelido de “modo ladrão” pelos usuários, mesmo sendo pensado justamente para impedir que o ladrão faça alguma coisa.
E o bloqueio por IMEI? Vai acontecer?
Durante um evento em São Paulo, a Apple explicou que não pretende adotar o bloqueio por IMEI como solução universal, pelo menos por enquanto. Isso porque, segundo os especialistas, essa medida pode causar confusão até entre usuários legítimos. Por exemplo, se alguém da família ativar o bloqueio por engano, o celular pode ser inutilizado à toa.
A empresa afirma que prefere investir em tecnologias avançadas de privacidade e biometria, que impedem o acesso real ao conteúdo do aparelho, mesmo que ele caia em mãos erradas.
O que essa história revela sobre segurança digital?
A curiosidade maior é que segurança hoje depende mais da sua ação do que da tecnologia em si. A ferramenta já existe, é gratuita e funciona bem. Mas enquanto ela não for ativada por quem tem direito, o celular continua vulnerável.
E aí? Você já ativou o modo ladrão no seu iPhone ou ainda está dando bobeira?
