Calma, não é teoria da conspiração. Acontece que o roxo não está no espectro visível de luz, como o vermelho ou o azul. Ou seja: ele não tem um comprimento de onda próprio. É seu cérebro quem cria o roxo, juntando informações das extremidades do arco-íris (o vermelho e o azul) e inventando uma nova cor no meio disso tudo.
Ou seja: o que você vê como roxo… é literalmente fruto da sua imaginação.
Como o cérebro cria uma cor que não existe?
Quando a luz entra nos seus olhos, ela estimula células chamadas cones, que detectam diferentes comprimentos de onda. O vermelho e o azul estão em pontas opostas do espectro visível. Mas o cérebro, ao captar estímulos dos dois ao mesmo tempo, não sabe muito bem o que fazer — então ele inventa uma nova percepção: o roxo.
Esse fenômeno é conhecido como cor não espectral — cores que não existem como uma única frequência de luz. É o mesmo caso do magenta, que também é uma invenção neurológica.
Já viu um arco-íris roxo? Pois é, nem ele tem...
Outro fato curioso: apesar de você encontrar tons de lilás no final do arco-íris, o roxo mesmo não aparece por lá. O arco-íris mostra o espectro visível da luz, e o roxo simplesmente não está lá. O que você vê são variações de azul e vermelho bem próximos.
A cor roxa que você enxerga em objetos, roupas ou imagens… é só luz refletida em padrões que enganam seu cérebro.
Roxo: a cor real da imaginação
Por isso o roxo sempre foi ligado ao misticismo, ao surreal, ao mundo dos sonhos. Talvez porque, no fundo, ele nunca tenha sido completamente real.
Inclusive, na Roma Antiga, o roxo era reservado aos imperadores. Era tão raro e difícil de produzir que virou símbolo de poder — e talvez isso combine perfeitamente com uma cor que só existe na mente.
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