Desde ontem, dia 1º de abril, a Alemanha está vivenciando uma mudança histórica: a descriminalização parcial do uso de maconha. Agora, os maiores de 18 anos podem portar até 25 gramas da substância em espaços públicos, enquanto o limite para uso doméstico é de 50 gramas. Essa medida visa a desmantelar o mercado ilegal, garantir a qualidade da cannabis e cortar os fluxos de receita do crime organizado. No entanto, o fumo da maconha ainda permanecerá proibido em locais como escolas e áreas esportivas, e a compra da droga será estritamente regulamentada para evitar sua fácil aquisição.
Uma das mudanças mais significativas é a permissão para o cultivo caseiro da planta, com cada família podendo cultivar até três plantas de maconha. Além disso, a partir de julho, serão permitidas associações de produtores ou "clubes sociais", que distribuirão a droga sem fins lucrativos.
Essas mudanças não vieram sem debate. Há anos, a Alemanha enfrenta discussões acaloradas sobre a descriminalização da maconha, com preocupações sobre seu potencial impacto no consumo entre os jovens e no tráfico de drogas.
Enquanto isso, outros países estão seguindo o exemplo. Canadá, Malta e Uruguai já legalizaram o uso adulto da maconha, enquanto nos Estados Unidos, vários estados têm suas próprias leis sobre o assunto.
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) está próximo de aprovar a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal, incluindo a maconha. Essa medida pode representar uma mudança significativa na política de drogas do país e abrir espaço para um debate mais amplo sobre o assunto.
O mundo está testemunhando uma mudança de paradigma na abordagem da maconha. Resta ver como essas políticas evoluirão e impactarão a sociedade a longo prazo.
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