Uma pesquisa recente destacou os potenciais riscos à saúde mental de crianças e adolescentes associados ao consumo de bebidas energéticas, incluindo ansiedade e pensamentos suicidas. O estudo levanta preocupações significativas, sugerindo que a venda dessas bebidas a jovens deveria ser proibida no Reino Unido.
O consumo frequente de bebidas energéticas, que geralmente contêm níveis elevados de cafeína e açúcar, foi associado a diversos problemas, incluindo estresse, distúrbios de sono, mau desempenho escolar e dietas pouco saudáveis. Até mesmo a violência, consumo de drogas e práticas sexuais sem proteção foram identificados como mais propensos entre os jovens que consomem regularmente essas bebidas.
Apesar de muitos supermercados do Reino Unido já terem adotado uma proibição voluntária da venda de bebidas energéticas a menores de 16 anos, a discussão sobre uma proibição total, abrangendo lojas menores, revendedores online e máquinas de venda automática, continua.
A pesquisa, liderada por Amelia Lake, professora de nutrição em saúde pública na Universidade de Teesside, reforça a necessidade de agir rapidamente para proteger a saúde física e mental das crianças. A carta enviada à Secretária de Saúde britânica, Victoria Atkins, por 40 organizações de saúde destaca a urgência de restrições mais rígidas à venda dessas bebidas.
Apesar da dificuldade em provar danos diretos causados por bebidas energéticas devido à natureza observacional dos estudos dietéticos, a pesquisa destaca os impactos prejudiciais associados ao consumo frequente. Países como Letônia e Lituânia já proibiram a venda dessas bebidas a crianças, e o Reino Unido está revisando sua posição.
A necessidade de regulamentações mais rigorosas é enfatizada pela Royal Society for Public Health, que insta o governo a cumprir seu compromisso de 2019 de proibir a venda de bebidas energéticas a menores de 16 anos. O estudo acrescenta às crescentes evidências sobre os impactos físicos e mentais negativos dessas bebidas, reforçando a importância de medidas preventivas para proteger a saúde das futuras gerações.
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