Quando pensamos em múmias, o Egito geralmente é o primeiro país que vem à mente. Mas surpreendentemente, as múmias mais antigas do mundo foram descobertas no deserto do Atacama, no Chile, e pertencem ao povo Chinchorro, uma antiga civilização de caçadores-coletores que habitou a região há cerca de 7 mil anos. Ao contrário dos egípcios, que mumificavam apenas a elite, os Chinchorros realizavam o processo para todos os membros da comunidade.
O processo de mumificação dos Chinchorros era complexo e envolvia a retirada da pele e dos órgãos, seguido de costura e revestimento dos corpos com materiais como barro, junco e pele de leão-marinho. Curiosamente, os rostos eram cobertos com máscaras e os corpos enterrados no deserto, onde o clima árido ajudava na preservação. Com o tempo, os arqueólogos descobriram que esse ritual revelava muito sobre a cultura e estrutura social dos Chinchorros.
Infelizmente, muitas dessas múmias correm o risco de se deteriorar devido às mudanças climáticas e eventos naturais, que têm exposto os corpos aos elementos. Recentemente, um novo museu está sendo construído em Arica, no Chile, para abrigar e proteger esses preciosos artefatos arqueológicos, garantindo sua preservação para as futuras gerações.