Sabado, 15 de Novembro de 2025
Brasil fará parte de novo supercontinente do planeta Terra

Meio Ambiente

Brasil fará parte de novo supercontinente do planeta Terra

Pesquisadores acreditam que os continentes vão se unir novamente e transformar o clima do planeta.

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Já imaginou acordar em um mundo onde o Brasil está colado à Antártica, e o Oceano Atlântico simplesmente deixou de existir?
Pode parecer ficção científica, mas é exatamente o que cientistas acreditam que vai acontecer com o nosso planeta daqui a alguns milhões de anos.

De acordo com pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, os continentes da Terra estão lentamente se movendo e devem se unir novamente para formar um novo supercontinente: a Pangeia Última, também chamada de Pangeia Próxima.

Pangeia Próxima
Os continentes da Terra estão lentamente se movendo e devem se unir novamente

 

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O retorno da Pangeia

Se o nome soa familiar, é porque ele é uma homenagem à antiga Pangeia, o supercontinente que existiu entre 335 e 175 milhões de anos atrás, quando todas as terras do planeta estavam conectadas.
Agora, a história pode se repetir, só que com consequências muito diferentes.

Os cientistas usaram modelos climáticos avançados, criados por supercomputadores, para simular o futuro da Terra. Segundo o estudo, todos os continentes atuais devem se mover até a região que hoje corresponde à África. As Américas, incluindo o Brasil, se unirão à Antártica, enquanto a Nova Zelândia ficará isolada, como uma pequena ilha perdida no novo mundo.

“Em cerca de 250 milhões de anos, a Terra pode se transformar em um único bloco de terra firme, e as condições de vida serão completamente diferentes das que conhecemos.”

Um planeta quase inabitável

Com os continentes tão próximos, a retenção de calor aumentará, e os mares terão menos influência sobre o clima. Isso significa que as temperaturas podem chegar a 60 °C em várias regiões.

Além disso, a colisão das placas tectônicas deve intensificar a atividade vulcânica, liberando enormes quantidades de gases do efeito estufa.

Os pesquisadores estimam que a atmosfera terá 50% mais dióxido de carbono do que hoje, enquanto o Sol emitirá ainda mais energia. O resultado? Quase metade da Terra pode se transformar em desertos escaldantes.

As únicas áreas relativamente habitáveis estariam nos extremos do norte e do sul, como Rússia e Chile, que ainda teriam condições mais amenas para sustentar vida.

Pngeia Próxima
A colisão das placas tectônicas deve intensificar a atividade vulcânica

 

O ciclo dos supercontinentes

Estudos anteriores publicados na revista Nature mostram que a união e separação dos continentes acontece em ciclos de aproximadamente 600 milhões de anos.
Ao longo da história da Terra, já existiram pelo menos três supercontinentes conhecidos: Columbia, Rodinia e Pangeia.

Mas a “Pangeia Última” pode ser realmente a última e com um desfecho trágico.
Segundo o estudo de 2023, as condições extremas desse novo planeta poderão exterminar os mamíferos, incluindo os seres humanos, que dificilmente resistiriam a um ambiente tão hostil.

“A formação da Pangeia Última não é apenas um fenômeno geológico. É um lembrete de como o clima e a vida na Terra estão profundamente conectados.”

Um alerta para o presente

Embora esse cenário leve milhões de anos para acontecer, ele serve como um alerta para os desafios atuais.
A pesquisa reforça o quanto o equilíbrio climático é frágil e como o aquecimento global pode acelerar processos que alteram completamente a vida no planeta.

Afinal, a Terra sempre mudou. Mas a velocidade com que essas mudanças estão acontecendo hoje depende, em grande parte, de nós.

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