Café trancado em supermercados? É isso mesmo que você leu!
Já imaginou entrar no mercado para comprar um simples pacote de café e se deparar com ele... atrás de grades? Pois é, isso está realmente acontecendo em supermercados de São Paulo.
Marcas populares de café foram parar dentro de vitrines ou prateleiras trancadas com cadeado, como se fossem joias raras. E o motivo é surpreendente: o número de furtos disparou, justamente de cafés mais baratos. Enquanto isso, versões mais caras, como cápsulas e grãos gourmet, continuam expostas normalmente. Curioso, né?
Por que o café virou alvo?
O café, que por muito tempo foi símbolo da hospitalidade brasileira, agora está mais próximo de um artigo de luxo do que de um item básico. Em apenas 12 meses, o preço do produto subiu mais de 77%, segundo o IBGE. De fevereiro a março de 2025, a alta foi de 8,14%!
Com isso, o pacote tradicional de 500g passou a valer tanto que supermercados estão tratando o café como um “produto de alto valor”, ao lado de azeites, bacalhau e até picanha.
O que dizem os funcionários?
Funcionários relatam que, em alguns casos, houve tentativas de furto no mesmo dia em que a equipe da reportagem estava presente. “Só hoje de manhã, duas pessoas tentaram levar café escondido”, contou um atendente. “É muito constrangedor, porque temos que abordar o cliente e explicar.”
E não para por aí. Em uma unidade da zona sul, 300 pacotes de café Pilão foram furtados em um curto período de tempo, o que levou à instalação de lacres e à redução no estoque nas prateleiras.
Curiosidades: você sabia?
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O Brasil é o maior produtor de café do mundo, mas isso não significa preços baixos para o consumidor.
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O café foi o produto com maior inflação acumulada entre os itens da cesta básica nos últimos 12 meses.
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O tipo de embalagem também influencia nos furtos: cafés mais finos e sem vácuo são mais fáceis de esconder, segundo promotores de vendas.
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Em alguns supermercados, azeites, bebidas alcoólicas e carnes nobres também estão com lacres ou trancados, mostrando um novo comportamento no varejo brasileiro.
Café ou ouro em pó?
Alguns clientes até brincam: “Café está valendo mais que ouro agora”. Mas a frase carrega uma verdade amarga: o que era essencial virou quase um luxo. E o mais irônico é que as marcas populares são justamente as mais visadas, enquanto as premium seguem nas prateleiras como se fossem invisíveis aos olhos dos furtadores.
Já imaginou o café virando item de colecionador?
Se a tendência continuar, talvez tenhamos que mostrar o CPF e desbloquear o pacote com senha, como já acontece com eletrônicos. Brincadeiras à parte, o cenário atual revela muito sobre o momento econômico e social do país.
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