As histórias de máquinas se voltando contra os humanos já alimentaram a imaginação popular em filmes, livros e até videogames. Mas será que a inteligência artificial (IA) realmente representa uma ameaça à humanidade? Um estudo recente das Universidades Técnica de Darmstadt, na Alemanha, e de Bath, no Reino Unido, mergulhou fundo nessa questão e trouxe algumas respostas tranquilizadoras.
Com o avanço dos Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs, em inglês), muitas pessoas temem que essas IAs possam desenvolver habilidades como raciocínio e planejamento por conta própria, levando a comportamentos inesperados ou até hostis. Mas, de acordo com a pesquisa, esses temores são, por enquanto, infundados.
Os pesquisadores testaram quatro desses modelos em tarefas emergentes – atividades para as quais eles não foram especificamente programados. O resultado? Não houve qualquer sinal de que esses modelos estejam desenvolvendo pensamento independente ou consciência. Todas as suas "habilidades" foram explicadas por simples memorização, proficiência linguística e a capacidade de seguir instruções, sem qualquer traço de comportamento autônomo.
Embora a possibilidade de uma revolta das máquinas seja mínima, isso não significa que a IA seja inofensiva. O verdadeiro perigo reside na forma como os humanos utilizam essas tecnologias. O uso irresponsável de IA já levanta sérias questões éticas, como violação de direitos autorais, disseminação de desinformação e poluição digital. Segundo os especialistas, é nesse ponto que devemos focar nossas preocupações e esforços futuros.