Terça-feira, 18 de Marco de 2025
Conheça os 'homens-peixe', tribo ancestral aquática que corre risco de extinção

Meio Ambiente

Conheça os 'homens-peixe', tribo ancestral aquática que corre risco de extinção

Descubra como a poluição e a ocidentalização ameaçam os "homens-peixe" das Filipinas.

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Os Badjao, conhecidos como "homens-peixe", são uma tribo filipina renomada por suas incríveis habilidades subaquáticas. Eles conseguem prender a respiração por até 13 minutos debaixo d'água, uma façanha sustentada por uma mutação genética única que lhes proporciona um baço maior e mais eficiente no armazenamento de oxigênio. No entanto, essa habilidade extraordinária está sob ameaça de extinção.

Os Badjao residem em palafitas na província de Tawi Tawi, onde aperfeiçoaram o mergulho livre por gerações. Desde a infância, as crianças aprendem a mergulhar antes mesmo de andar. Segundo Santarawi Lalisan, de 85 anos, muitos passam até cinco horas por dia submersos, caçando e coletando recursos do mar.

A poluição causada pelo "progresso" e a adoção de um estilo de vida ocidentalizado ameaçam a continuidade dessa tradição. O plástico, agora comum devido às novas práticas de consumo, contamina os mares e dificulta a prática do mergulho. Santarawi lamenta que os Badjao, antes habituados a usar papel, agora dependem de plástico.

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Com a diminuição da prática tradicional de mergulho, a capacidade dos Badjao de prender a respiração por longos períodos está em declínio. Apenas os mais velhos continuam a manter a tradição, resistindo às mudanças modernas e preservando os antigos hábitos de pesca submarina.

Para os Badjao, a pesca não é apenas uma atividade de subsistência, mas um rito sagrado que conecta gerações. "Quando nossos pais pescavam, aprendíamos observando, sabendo que um dia seria nossa vez de alimentar nossas famílias," explica Santarawi. Este vínculo ancestral, no entanto, está se enfraquecendo à medida que menos jovens se interessam pelas tradições antigas.

Santarawi, que ainda utiliza o arpão e os óculos de seu pai, descreve sua rotina de mergulho como um ritual profundo. "Bebo um pouco de água antes de mergulhar, e um gole de água salgada para me sentir em sintonia com o mar. Viver no mar é o que me faz feliz, até o fim dos meus dias," declara ele, demonstrando uma resiliência admirável.

FONTE/CRÉDITOS: extra.globo.com
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): kaszlikowski/REX Shutterstock

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