Em 17 de janeiro de 2024, cientistas chineses realizaram um feito notável: a clonagem do primeiro macaco Rhesus, uma espécie frequentemente usada em pesquisas médicas devido à sua fisiologia semelhante à dos humanos. O macaco clonado, chamado ReTro, abre caminho para uma nova geração de animais utilizados em experimentos científicos.
A clonagem de macacos de laboratório oferece a perspectiva de acelerar testes de medicamentos, pois animais geneticamente idênticos produzem resultados semelhantes, aumentando a precisão nos ensaios clínicos. No entanto, esta conquista não está isenta de polêmicas.
Anteriores tentativas de clonar macacos Rhesus resultaram em falhas, com os animais morrendo pouco tempo após o nascimento. Uma organização de defesa dos animais expressou "profunda preocupação" em relação a esse procedimento.
Ao contrário da reprodução sexual em mamíferos, que resulta em descendência com uma combinação de genes dos pais, a clonagem envolve a criação de uma cópia geneticamente idêntica de um único animal.
O artigo publicado na revista Nature Communications detalha o processo semelhante ao utilizado na clonagem da famosa ovelha Dolly, mas aplicado a um macaco Rhesus. Os pesquisadores afirmam que ReTro permaneceu saudável por mais de dois anos, indicando o sucesso do procedimento.
Apesar da euforia dos cientistas, organizações como a Real Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (RSPCA) expressaram dúvidas sobre o impacto ético e a aplicabilidade prática desse avanço. A RSPCA alega que o sofrimento causado aos animais supera os benefícios imediatos para os pacientes humanos.
O debate continua sobre se a clonagem de macacos Rhesus é uma ferramenta valiosa para a pesquisa médica ou se os desafios éticos e de bem-estar animal superam suas potenciais contribuições. A ciência avança, mas não sem questionamentos sobre os limites éticos e o respeito aos animais envolvidos. 🧬🐒 #Clonagem #PesquisaMédica #ÉticaCientífica
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