O café, uma das bebidas mais consumidas no mundo, tem suas raízes na Etiópia. Segundo a lenda de Kaldi, um pastor de cabras descobriu o café ao notar que suas cabras ficavam mais energéticas após mastigarem os frutos avermelhados de um arbusto. Esta observação levou à difusão da bebida por todo o continente africano e, mais tarde, pelo mundo. Os etíopes consumiam o fruto de diversas formas, incluindo a produção de uma bebida alcoólica fermentada.
A popularidade do café explodiu quando os árabes aperfeiçoaram o cultivo e a preparação. No Iêmen, as sementes foram trazidas e usadas para fazer infusões com finalidades medicinais. O nome “kahwah”, que significa "força" em árabe, passou a ser usado para descrever essa bebida revigorante. A torrefação, desenvolvida no século XIV, deu ao café o sabor e a forma com os quais estamos familiarizados hoje, impulsionando seu cultivo em larga escala no Iêmen, que manteve o monopólio da comercialização por um longo período.
A partir do século XV, o consumo de café foi associado à vida social e intelectual. Turquia e Oriente Médio foram pioneiros na criação de cafés como locais de encontro e troca de ideias. O primeiro café foi inaugurado em 1475, em Constantinopla. Esse hábito logo se espalhou por todo o mundo, criando uma cultura global em torno da bebida que não só desperta, mas também conecta as pessoas.