Entre 1990 e 2022, as taxas de diabetes dobraram no mundo, atingindo cerca de 14% da população adulta, conforme estudo publicado na The Lancet. A pesquisa aponta que 59% dos 800 milhões de adultos com diabetes não têm acesso a tratamentos adequados, o que significa 445 milhões de pessoas sem cuidados essenciais. No Brasil, país com uma das maiores populações de diabéticos, mais da metade dos pacientes ainda não recebe tratamento adequado, enfrentando complicações graves como doenças cardíacas e perda de visão.
Conduzido pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC) em parceria com a OMS, o estudo analisou dados de 140 milhões de pessoas em mais de 1.000 pesquisas globais. As regiões de menor renda, especialmente na África Subsaariana e no Paquistão, enfrentam as maiores disparidades, com apenas 5% a 10% dos pacientes tratados. Entre os fatores que impulsionam o aumento dos casos estão obesidade, má alimentação e sedentarismo, que se destacam em locais onde o progresso tecnológico e econômico é limitado.
No Brasil, especificamente, estima-se que haja cerca de 22 milhões de diabéticos. Embora os tratamentos tenham aumentado de 37% para 53% entre mulheres e de 27% para 53% entre homens desde 1990, a disparidade permanece, especialmente se comparado a países desenvolvidos. As taxas de diabetes subiram para 14% entre mulheres e 11,7% entre homens, evidenciando a necessidade urgente de políticas que promovam alimentação saudável e exercício físico, além de expandir o acesso aos tratamentos.
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