Imagine abrir uma revista e ver uma foto sua em um artigo sobre como todos os hipsters parecem iguais. Agora imagine sua indignação: "Como ousam usar minha imagem sem permissão?" Foi exatamente isso que aconteceu com um leitor da MIT Technology Review. Furioso, ele enviou um e-mail ameaçando processar a publicação por usar sua foto sem autorização.
Porém, havia um pequeno detalhe que ele não percebeu... O homem da foto não era ele!
A revista havia licenciado a imagem de um banco de fotos e, ao investigar, descobriu que o "modelo" era outra pessoa completamente diferente. Ou seja, o leitor estava tão imerso no visual hipster que não conseguiu diferenciar sua própria imagem da de outro barbudo de óculos com a armação grossa.
O "efeito hipster" explicado pela ciência
O caso hilário acabou provando exatamente o ponto central do artigo: há uma explicação matemática para o fato de que muitos hipsters se parecem.
O fenômeno foi estudado pelo matemático e neurocientista Jonathan Touboul, que criou um modelo computacional para analisar o comportamento de conformistas e anticonformistas na sociedade. Ele descobriu que, quando as pessoas tentam fugir das tendências dominantes, acabam criando um novo padrão que se torna igualmente homogêneo.
Ou seja, ao tentar ser "diferente", muitos hipsters acabam seguindo as mesmas escolhas: barba, touca, óculos redondos e roupas vintage. O resultado? Um exército de clones estilizados.
Isso acontece só com hipsters?
Não! Esse fenômeno vai muito além da moda e pode ser observado em diversas áreas, desde padrões de investimento até o comportamento das células nervosas no cérebro.
No mundo financeiro, por exemplo, investidores tentam se diferenciar ao apostar em estratégias "fora do comum", mas frequentemente acabam fazendo as mesmas escolhas. Já na neurociência, Touboul sugere que esse tipo de sincronização pode influenciar até mesmo o funcionamento do nosso cérebro!
Conclusão: você é tão original quanto pensa?
O caso do hipster revoltado que confundiu sua própria imagem levanta uma questão interessante: será que realmente somos tão autênticos quanto gostamos de acreditar? Ou, no fim das contas, apenas seguimos um novo padrão de maneira inconsciente?
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