Você já se perguntou por que os cães têm o hábito peculiar de rolar em cocô ou em cheiros fortes? Esse comportamento, embora desagradável para os humanos, possui raízes profundas no instinto canino.
Segundo especialistas em comportamento animal, essa prática pode ser um resquício dos tempos selvagens, quando os ancestrais dos cães, como lobos, usavam o cheiro para camuflar sua presença enquanto caçavam. Ao se cobrir com odores fortes, como fezes, eles conseguiam se aproximar mais facilmente de suas presas sem serem detectados.
Além disso, há teorias que apontam para uma função social desse comportamento. Estudos em lobos selvagens mostram que eles costumam rolar em odores para transmitir informações à sua matilha, fortalecendo os laços e estabelecendo hierarquias. A escolha de rolar em cheiros novos ou desconhecidos também pode sinalizar a descoberta de algo interessante no ambiente, o que é compartilhado com o grupo por meio do cheiro.
Curiosamente, em experimentos, observou-se que cães e lobos tendem a ser seletivos quanto ao tipo de odor em que rolam. Isso reforça a ideia de que essa prática não é aleatória, mas sim uma estratégia sofisticada de comunicação e sobrevivência.
Embora seja difícil para os humanos compreenderem a atratividade desses cheiros, para os cães, o mundo olfativo é muito mais complexo e vital para sua interação com o ambiente. Da próxima vez que seu cão rolar em algo “nojento”, lembre-se de que ele está seguindo seus instintos ancestrais, exercendo uma forma natural de exploração e socialização.