Você já imaginou poder voltar à vida, mas apenas daqui a algumas décadas ou até séculos? Essa ideia, que parece saída de um filme de ficção científica, está mais próxima da realidade do que você imagina. Estamos falando da criogenia, uma técnica que promete preservar corpos (ou até apenas cabeças) a temperaturas extremamente baixas, na esperança de que um dia, com os avanços da medicina, possamos ressuscitar aqueles que morreram.
Mas quem estaria disposto a "congelar" o próprio corpo? Famosos e milionários excêntricos têm apostado nesse método como uma forma de garantir que, se não puderem viver eternamente, ao menos terão uma segunda chance. Existem hoje cerca de 350 corpos e cabeças sendo mantidos em tanques de nitrogênio líquido, aguardando a revolução científica que poderia trazer os "congelados" de volta à vida. Entre eles, estão figuras como o jogador de beisebol Ted Williams e até Hal Finney, o pioneiro dos bitcoins.
O processo é impressionante: logo após a morte, o corpo é transportado com cuidado, o sangue é substituído por uma substância conservante e, finalmente, ele é colocado em uma geladeira a -196 ºC. Tudo isso com a esperança de que, algum dia, a ciência possa reverter os danos causados pelo tempo. Mas a grande pergunta que fica é: será que isso realmente é possível?
A ciência não está tão empolgada com a criogenia quanto os entusiastas do assunto. Muitos consideram essa técnica uma verdadeira aposta em algo que pode ser impossível de realizar. Afinal, como preservar um cérebro, um órgão tão complexo, sem perder as memórias e as conexões neurais que formam nossa identidade? E o que aconteceria com esses indivíduos se, de fato, fossem "descongelados"? Seriam a mesma pessoa?
Por enquanto, a criogenia segue sendo uma ideia fascinante, mas cheia de incertezas. Será que, algum dia, poderemos enganar a morte e voltar de onde paramos? Ou essa tecnologia é apenas um sonho distante, que talvez nunca saia do papel?
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