A laqueadura, considerada um método contraceptivo irreversível, pode não ser tão eficaz quanto se pensava. Um estudo recente da Universidade da Califórnia revelou que entre 3% a 5% das mulheres que passaram por esse procedimento nos Estados Unidos acabaram engravidando.
O estudo analisou dados de mais de 4 mil mulheres e constatou que, no primeiro ano após a laqueadura, 2,9% delas engravidaram, número que aumentou para 8,4% ao longo de dez anos. O risco de gravidez foi maior em mulheres que fizeram a cirurgia quando ainda eram jovens.
A laqueadura impede a fecundação ao bloquear as trompas de falópio, mas, como qualquer método contraceptivo, não é infalível. Surpreendentemente, a pesquisa sugere que a laqueadura pode ser menos segura do que métodos como o DIU ou o implante subdérmico.
Esses resultados são um alerta para as mulheres que consideram a laqueadura como uma solução definitiva para evitar a gravidez. A escolha do método contraceptivo deve ser feita com a orientação de um ginecologista, levando em conta a eficácia e as necessidades individuais.
No Brasil, a laqueadura é oferecida pelo SUS, com novas regras que exigem um mínimo de 21 anos de idade ou dois filhos para realizar o procedimento, sem necessidade de autorização do cônjuge.