A dark web sempre despertou a curiosidade e o medo das pessoas. Muitas a enxergam apenas como um esconderijo para atividades ilícitas, mas é mais do que isso. No podcast Shawn Ryan Show, Ryan Montgomery, o hacker ético mais famoso do mundo, revela o que realmente ocorre nesse submundo digital. Ao contrário do que se imagina, a dark web não é um mercado centralizado de atividades ilegais. Para acessá-la, é preciso um navegador específico, como o TOR (The Onion Router), que leva o usuário a sites com endereços “.onion”. A Hidden Wiki, um diretório, pode ser um ponto de partida para quem quer explorar essa rede complexa e sigilosa.
Montgomery explica que, na dark web, existem de tudo: de mercados de dados roubados a fóruns e conteúdos perturbadores. Porém, não é tão simples localizar sites criminosos; é preciso saber exatamente onde procurar. O anonimato é um grande atrativo, mas, paradoxalmente, muitos usuários inexperientes acabam caindo em golpes ou expondo informações pessoais por falta de cuidado. Montgomery enfatiza que mesmo com a camada extra de segurança da dark web, muitas vezes criminosos deixam rastros, como e-mails e endereços IP, facilitando o trabalho de rastreamento para quem está familiarizado com o ambiente.
Embora a dark web seja um refúgio para atividades criminosas, também serve a propósitos legítimos. Dissidentes políticos e ativistas de direitos humanos, por exemplo, a utilizam para se comunicar em regimes opressivos, longe do controle governamental. Para qualquer usuário que se aventure nesse lado da internet, o aviso de Montgomery é claro: a dark web é um espaço de extremos e é preciso cautela para navegar, pois os riscos estão sempre à espreita.