Já imaginou se as suas impressões digitais não fossem tão únicas assim quanto sempre te contaram?
Pois é… Um novo estudo feito por pesquisadores da Columbia Engineering e da Universidade de Buffalo está sacudindo o mundo da ciência forense. Com a ajuda da inteligência artificial, os cientistas descobriram algo surpreendente: dedos diferentes da mesma pessoa podem ter impressões digitais mais parecidas do que se pensava!
🤖 Como a inteligência artificial fez essa descoberta?
Usando uma rede neural treinada com 60 mil impressões digitais de um banco de dados público dos EUA, a IA foi capaz de identificar se impressões aparentemente diferentes pertenciam à mesma pessoa — com 77% de precisão!
E mais: quando as impressões foram analisadas em grupo, a taxa de acerto aumentou ainda mais.
Detalhe curioso: o sistema não usou os métodos tradicionais de identificação (como as minúcias, que são aqueles pontinhos e linhas que os peritos examinam). A IA focou em ângulos, curvas e padrões gerais, abrindo um novo caminho para as perícias criminais.
🧬 Isso muda tudo no mundo das investigações?
Potencialmente, sim. Se aperfeiçoada, essa técnica pode:
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Ajudar a conectar cenas de crimes com suspeitos antes invisíveis aos olhos humanos
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Reduzir o número de suspeitos com mais rapidez
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Aumentar a eficiência nas investigações
Apesar de ainda precisar de mais testes com diferentes populações e bases de dados, os pesquisadores acreditam que a IA pode se tornar uma ferramenta complementar poderosa nos laboratórios de perícia.
🧠 Ciência feita por quem tem acesso aos dados
Um dos pontos mais interessantes dessa descoberta é que ela foi feita fora do circuito tradicional da ciência forense. A equipe usou dados abertos disponíveis online e conseguiu propor uma mudança radical num sistema centenário — mostrando que, com os dados certos e boas ferramentas, qualquer pessoa pode ajudar a transformar a ciência.
🧐 Curiosidades sobre impressões digitais
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As impressões digitais começam a se formar ainda no útero, por volta da 10ª semana de gestação.
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Mesmo gêmeos idênticos possuem impressões digitais diferentes.
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Algumas pessoas nascem sem impressões digitais — uma condição raríssima chamada adermatoglifia.
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O uso das digitais como identificação começou no século XIX, mas o sistema automatizado de identificação por impressões digitais (AFIS) só foi criado em 1969.
Se a ciência tradicional dizia que cada dedo era único, a IA está dizendo: calma lá, não é bem assim. E talvez, no futuro, as impressões digitais não sejam mais apenas lidas por olhos humanos, mas interpretadas por algoritmos capazes de ver semelhanças que jamais notaríamos.
Já imaginou isso?
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