Sabado, 15 de Novembro de 2025
Influenciadores na China precisam ter estudo para dar opinião

História e Geografia

Influenciadores na China precisam ter estudo para dar opinião

Governo chinês exige formação específica para quem fala sobre medicina, direito e economia.

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Já imaginou precisar de um diploma para falar nas redes sociais? Na China, essa exigência está se tornando realidade.
O governo chinês anunciou um novo conjunto de regras que determina que influenciadores só poderão falar sobre temas como medicina, economia e direito se tiverem formação adequada ou certificação profissional.

A medida faz parte de uma estratégia para organizar o ambiente digital e evitar a disseminação de informações incorretas sobre assuntos técnicos e sensíveis. Por outro lado, também levanta debates sobre os limites da liberdade de expressão e o grau de controle do Estado sobre o conteúdo online.

Influencer China
A medida faz parte de uma estratégia para organizar o ambiente digital

 

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De acordo com as novas diretrizes, quem quiser opinar sobre temas especializados precisará comprovar formação acadêmica ou qualificação reconhecida. A intenção, segundo as autoridades, é garantir que apenas pessoas preparadas falem sobre temas complexos, reduzindo o risco de desinformação que pode impactar a saúde, a economia ou a vida das pessoas.

Essa iniciativa pode ser vista como uma forma de responsabilizar criadores e tornar o ambiente digital mais confiável, mas também desperta discussões sobre quais critérios definem quem pode ou não falar em público.

Além da exigência de qualificação, as regras pedem que os influenciadores adotem um “tom adequado” e promovam valores considerados positivos pela sociedade chinesa, reforçando uma comunicação mais ética e equilibrada.

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Garantir que apenas pessoas preparadas falem sobre temas complexos

 

O fim das ostentações nas redes

Outro ponto das novas medidas chama atenção: a proibição de exibir estilos de vida de luxo nas redes.
Imagens de mansões, carros esportivos ou grandes banquetes estão sendo restringidas. O objetivo, segundo o governo, é evitar que o público seja influenciado por padrões de consumo irreais ou por comportamentos de ostentação que possam gerar frustração ou desigualdade social.

Nesse sentido, a iniciativa também pode ser entendida como uma tentativa de reduzir a pressão estética e financeira nas redes, algo que vem sendo debatido em vários países.

Ao mesmo tempo, críticos afirmam que o excesso de controle pode limitar a criatividade e a autenticidade dos criadores de conteúdo, tornando o espaço digital mais padronizado.

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Críticos afirmam que o excesso de controle pode limitar a criatividade

 

Um novo capítulo na relação entre internet e sociedade

As novas regras fazem parte de um movimento mais amplo da China para organizar o uso das plataformas digitais e definir padrões éticos para quem produz conteúdo online. Medidas semelhantes já haviam sido implementadas em outros setores, como o controle do tempo de jogos para menores e a limitação de certos tipos de publicidade.

Enquanto alguns veem as novas normas como uma ferramenta de censura, outros enxergam nelas uma tentativa de profissionalizar e responsabilizar a comunicação nas redes sociais, que hoje influencia milhões de pessoas diariamente.

No fim das contas, o debate mostra que o desafio não é exclusivo da China: como equilibrar liberdade de expressão, responsabilidade digital e a influência crescente dos criadores de conteúdo?

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