O Japão anunciou recentemente seus planos ambiciosos para construir o primeiro supercomputador da classe zeta, uma máquina que promete ser mil vezes mais poderosa que o atual recordista, o norte-americano Frontier. Esse supercomputador terá a capacidade de realizar um sextilhão de operações matemáticas por segundo, comparado ao máximo de um quintilhão alcançado hoje. A magnitude desse projeto impressiona, não só pela potência, mas também pelo custo: o investimento estimado é de US$ 750 milhões, equivalente a mais de R$ 4 bilhões. A construção começará em 2025 e deve ser concluída até 2030.
O desenvolvimento do Fugaku Next, como está sendo chamado provisoriamente, será liderado pela RIKEN e Fujitsu, responsáveis também pelo antigo supercomputador Fugaku, que foi o mais rápido do mundo entre 2020 e 2022. O projeto visa manter o Japão na vanguarda da tecnologia e inovação global, especialmente no campo da inteligência artificial e pesquisa científica de ponta. Um dos maiores desafios enfrentados será o fornecimento de energia, já que a previsão é que o supercomputador consuma o equivalente à energia de 21 usinas nucleares. A tecnologia atual ainda precisa evoluir para tornar esse projeto viável de forma sustentável.
Esse avanço coloca o Japão em destaque na corrida tecnológica global, mantendo o país competitivo no desenvolvimento de novas soluções baseadas em inteligência artificial e computação avançada. O supercomputador zeta será um marco para pesquisas em várias áreas, como ciências biomédicas, física e até meteorologia. Com o investimento inicial de US$ 29 milhões previsto para 2025, o Japão caminha para revolucionar a forma como a computação pode transformar o futuro.