Imagine um aumento de 506% em qualquer coisa. Agora, imagine que esse número esteja relacionado a erros médicos no Brasil. Assustador, não? Pois é exatamente isso que os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram: em 2024, foram registrados 74.358 processos sobre erro médico, um salto impressionante em relação ao ano anterior. Mas o que está por trás desse aumento? Vamos explorar algumas possibilidades.
O que é considerado erro médico?
Erro médico ocorre quando um profissional de saúde age de forma negligente, imprudente ou com imperícia, causando danos ao paciente. Isso pode acontecer por diagnósticos errados, cirurgias mal executadas, prescrição equivocada de medicamentos ou até mesmo falhas na comunicação entre médicos e pacientes.
Mas calma, nem todo problema em um tratamento significa erro médico. A medicina não é uma ciência exata, e complicações podem ocorrer mesmo quando tudo é feito corretamente.
O que pode estar causando esse aumento?
Vários fatores podem explicar essa explosão de processos judiciais. Entre eles:
✅ Sobrecarga no sistema de saúde – Profissionais trabalham exaustivamente, aumentando as chances de falhas.
✅ Falta de qualificação adequada – Em alguns casos, médicos podem não estar totalmente preparados para certos procedimentos.
✅ Uso excessivo de tecnologia – Má interpretação de exames e diagnósticos automáticos podem levar a decisões equivocadas.
✅ Judicialização excessiva – Sim, nem tudo se deve a erros reais. Alguns casos são motivados por outros interesses (vamos falar sobre isso mais adiante).
Quando o erro médico acontece, o que pode ser feito?
Se um erro médico for identificado, o paciente pode buscar indenização judicialmente. Mas antes de partir para os tribunais, o ideal é tentar um diálogo com o hospital ou profissional responsável. Muitas vezes, a questão pode ser resolvida sem necessidade de processo.
O outro lado: processos motivados por oportunismo
Não podemos ignorar um fato: nem todo processo por erro médico é legítimo. O crescimento dos processos também está relacionado a um aumento da judicialização oportunista, onde advogados e pacientes tentam lucrar com situações em que o médico não teve culpa real.
Por exemplo:
🔹 Procedimentos com risco natural de complicações são erroneamente classificados como erro médico.
🔹 Pacientes insatisfeitos com o resultado de uma cirurgia estética processam os profissionais, mesmo quando tudo foi feito corretamente.
🔹 Escritórios de advocacia incentivam processos em massa, buscando indenizações que nem sempre são justificadas.
Isso cria um ambiente de medo e insegurança para médicos, que muitas vezes ficam receosos de realizar procedimentos mais complexos.
Como evitar ser vítima de erro médico?
📌 Busque sempre profissionais qualificados – Pesquise sobre o médico e sua especialidade.
📌 Converse abertamente sobre riscos – Pergunte tudo o que puder antes de qualquer procedimento.
📌 Desconfie de promessas milagrosas – Na medicina, não existe 100% de garantia.
📌 Guarde documentos e registros – Tenha tudo anotado caso precise comprovar algo no futuro.
A saúde é um tema sério, e entender melhor esse cenário ajuda a garantir um atendimento de qualidade para todos!
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