A Etiópia, o segundo país mais populoso da África, segue um calendário único que faz com que, atualmente, seus habitantes ainda vivam no ano de 2016. Em vez de aderir ao calendário gregoriano, como a maioria dos países, os etíopes mantêm sua própria contagem, o calendário etíope, que inclui 13 meses. Esse sistema de contagem das datas reflete a forte tradição da Igreja Ortodoxa Etíope, que optou por preservar os métodos de cálculo antigos em vez de adotar as mudanças ocidentais promovidas pelo Papa Gregório XIII no século XVI.
O calendário etíope possui 12 meses de 30 dias cada, e um mês adicional com apenas cinco ou seis dias, dependendo se o ano é bissexto ou não. Apesar de essa tradição ser essencial para a identidade cultural do país, ela cria desafios, especialmente em empresas internacionais e escolas que precisam operar tanto com o calendário local quanto com o gregoriano. Isso exige uma alternância constante entre os dois sistemas, causando confusão em tarefas cotidianas, como reservas de voos ou registros de datas.
Outro aspecto peculiar na contagem do tempo na Etiópia é o horário. Diferente dos países ocidentais, onde o dia começa à meia-noite, os etíopes iniciam suas horas ao amanhecer, por volta das 6h da manhã no horário ocidental. Esses detalhes tornam a Etiópia um país único não só por seu calendário, mas por toda a sua maneira de contar o tempo, o que mantém suas raízes culturais firmemente ancoradas no passado, mesmo com os avanços tecnológicos.