Você gosta de salmão? Seja grelhado, no sushi ou no poke, esse peixe conquistou o paladar de muita gente ao redor do mundo. Mas você já parou para pensar no que realmente está vindo junto com aquela carne rosada e suculenta?
Um estudo recente revelou informações curiosas (e um pouco preocupantes) sobre os níveis de toxinas no salmão que consumimos. A pesquisa avaliou amostras de salmão de várias origens: desde o selvagem do Atlântico até o de criação convencional e o chamado salmão orgânico, tão famoso por ser uma opção supostamente mais saudável.
Quem leva a melhor: salmão selvagem ou de criação?
Os resultados mostraram que o salmão selvagem do Atlântico, como era de se esperar, apresentou os níveis mais baixos de dioxinas e PCBs semelhantes a dioxinas, compostos químicos altamente tóxicos para humanos e para o meio ambiente. Esses compostos estão associados a problemas hormonais, reprodutivos e até risco aumentado de câncer.
Já o salmão de criação, inclusive o orgânico, surpreendeu ao apresentar níveis muito próximos entre si. Em algumas amostras, o salmão orgânico teve até mais dioxinas que o convencional! Isso provavelmente tem relação direta com o tipo de ração utilizada nas fazendas de criação.
Os vilões invisíveis: o que são essas toxinas?
Dioxinas e PCBs são substâncias que se acumulam ao longo da cadeia alimentar, principalmente em peixes gordurosos como o salmão. O problema é que o organismo humano demora muito para eliminá-las, o que significa que, com o consumo frequente, elas podem se acumular ao longo dos anos.
Além dessas toxinas, o estudo também analisou resíduos de pesticidas organoclorados, como DDT e clordano. A boa notícia é que, neste quesito, os níveis encontrados em todas as amostras ficaram bem abaixo dos limites de segurança estabelecidos.
Qual salmão é o menos tóxico?
Se você busca o salmão com menor contaminação, o selvagem do Atlântico ainda é a melhor escolha. Mas ele também não está totalmente livre de toxinas, principalmente se comparado ao salmão selvagem do Pacífico, que apresentou os menores níveis de todos.
Curiosamente, o fator mais determinante para o nível de contaminação parece não ser o tipo de criação (convencional ou orgânico), mas sim a origem geográfica do peixe e o tipo de alimentação que ele recebeu durante o cultivo.
Então, da próxima vez que for escolher seu salmão no supermercado ou no restaurante, lembre-se: a diferença entre uma refeição saudável e uma dose de toxinas pode estar na procedência do peixe.
