A famosa pintura "A Noite Estrelada" de Vincent Van Gogh não é apenas uma obra-prima artística, mas também um intrigante objeto de estudo para cientistas. Pesquisadores do Instituto Americano de Física, nos EUA, estão desvendando os mistérios das turbulências representadas na tela de Van Gogh. Usando imagens de alta resolução, eles analisam as pinceladas e suas semelhanças com fenômenos naturais, como o movimento de fluidos e gases. Esse estudo não apenas aprofunda a compreensão das turbulências, mas também tem implicações em áreas como inteligência artificial e engenharia aeroespacial.
As pinceladas de Van Gogh são comparadas a folhas rodopiando em um vento turbulento, onde as cores e formas revelam padrões de energia cinética. Essa análise pode ajudar a explicar como partículas se comportam em líquidos e gases, e como esses princípios podem ser aplicados em tecnologia de compressão de dados. Para os cientistas, a fascinação do artista pela astronomia e a natureza é uma chave para entender como ele capturou, de forma intuitiva, fenômenos complexos que ainda hoje intrigam a física.
O estudo se baseia na teoria de Andrey Kolmogorov sobre turbulências, e o trabalho de Van Gogh pode ser aplicado em áreas práticas como a engenharia aeroespacial, onde turbulências são um dos principais desafios. O professor Luís Cavalcante, do Planetário de Brasília, destaca que a obra de Van Gogh retrata não só o caos, mas também a busca pela ordem no universo. Esse novo olhar sobre a arte do pintor pode abrir portas para avanços em diversas áreas da ciência.
