Sabado, 26 de Abril de 2025
Os egípcios realmente descobriram a penicilina sem querer?

História e Geografia

Os egípcios realmente descobriram a penicilina sem querer?

O que há de verdade no uso de pão mofado como remédio?

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Os antigos egípcios usavam pão mofado para tratar feridas, mas será que eles realmente estavam 5.000 anos à frente da descoberta da penicilina? Vamos explorar essa história curiosa e entender o que há de fato e ficção nisso tudo!

Um antibiótico sem querer?

O Antigo Egito possuía uma medicina avançada para sua época, baseada em observação, rituais e misturas curiosas. Entre as receitas médicas, registros mostram que médicos egípcios aplicavam pão mofado em feridas abertas, provavelmente porque percebiam que isso ajudava na cicatrização.

Porém, diferente do que algumas postagens nas redes sociais sugerem, eles não tinham ideia da existência de microrganismos ou de substâncias antibióticas. A penicilina só foi descoberta em 1928 pelo cientista Alexander Fleming, que percebeu que o fungo Penicillium notatum era capaz de matar bactérias.

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No artigo original em espanhol da National Geografic não é mencionado em nenhum momento o uso de "pão mofado" para curar enfermos, nem se refere ao fungo "Penicillium" mencionados nas postagens nas redes sociais.

“No Egito, o tratamento farmacológico com rituais e orações mágicas coexistiam sem alarde, se complementando”, diz a matéria da National Geographic. 

Esta é a imagem que está sendo divulgada em vários perfis de redes sociais falando sobre essa questão da cura com pão mofado no Antigo Egito, mas verdade trata-se do seguinte: “oftalmologista tratando de um paciente, em papiro, reconstruindo um afresco da tumba tebana de Ipi, originalmente datado da Dinastia XIX. Civilização egípcia. Cairo, Istituto Do Papiro”


O que realmente acontecia?

O uso de pão mofado pode até ter ajudado a evitar infecções, já que alguns fungos presentes nele podem ter propriedades antibióticas naturais. No entanto, sem o conhecimento sobre bactérias e o processo de extração da penicilina, o efeito desse tratamento era mais uma tentativa empírica do que um avanço científico real.

Além disso, nem todo bolor é benéfico. Alguns tipos de mofo podem ser extremamente tóxicos, e sem um controle adequado, os egípcios poderiam estar aplicando tanto substâncias medicinais quanto perigosas.

Outros povos e suas "descobertas médicas"

A ideia de que certas substâncias naturais poderiam curar doenças não era exclusiva do Egito. Evidências mostram que povos da Antiga Núbia (atual Sudão) consumiam cerveja fermentada com bactérias que produziam tetraciclina, um antibiótico natural. Isso sugere que civilizações antigas já percebiam que certos alimentos e bebidas tinham efeitos medicinais, mesmo sem entender a ciência por trás disso.

Afinal, eles estavam certos ou não?

De certa forma, sim! Eles perceberam que o pão mofado tinha um efeito positivo em feridas, muito antes da ciência moderna entender o porquê. No entanto, dizer que os egípcios "descobriram a penicilina" é um exagero, já que faltavam os conhecimentos e os processos necessários para isolar o antibiótico e usá-lo de forma eficaz.

Curiosidades extras:

🔹 Os egípcios também usavam mel para tratar ferimentos, já que ele tem propriedades antimicrobianas naturais.
🔹 O Papiro Ebers, um dos documentos médicos mais antigos do mundo, descreve tratamentos que incluem sangue de lagarto e fezes de animais.
🔹 O microscópio, essencial para descobrir microrganismos, só foi inventado no século XVII!

O que acha dessas descobertas antigas? Já imaginou usar pão mofado como remédio? 

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