Enquanto no Hemisfério Sul vivenciamos o calor do verão, no Hemisfério Norte, a chegada do inverno traz consigo um impacto psicológico palpável. A falta de energia, o desânimo e a inquietude associados ao transtorno afetivo sazonal (SAD) atingem muitas pessoas, não pelo frio, mas pela escuridão e chuva.
Curiosamente, os escandinavos, habitantes de uma das regiões mais frias do planeta, apresentam baixos índices de depressão sazonal e, surpreendentemente, aguardam a chegada do inverno com entusiasmo, revela a pesquisadora Kari Leibowitz, especialista em saúde psicológica.
1. Aprecie o Inverno
A principal estratégia escandinava é apreciar o inverno, direcionando o foco para as oportunidades que a estação oferece. Adaptar o comportamento para atividades condizentes com o clima é essencial. Leitura, artesanato, culinária e arte são práticas enriquecedoras no inverno, pois o ambiente natural favorece tais atividades. Além disso, o inverno proporciona a oportunidade de descansar e praticar a introspecção.
2. Faça Algo de Especial
A segunda estratégia está relacionada à primeira e envolve realizar atividades especiais exclusivas da estação. Mudar os hábitos alimentares, criar ambientes acolhedores com velas e fogueiras ao ar livre são maneiras de abraçar e celebrar o inverno. Transformar o modo como nos reunimos com amigos e praticamos exercícios contribui para uma experiência única e positiva durante a estação fria.
3. Saia de Casa
A recomendação crucial é sair de casa, independentemente das condições climáticas. Os escandinavos seguem a tradição de passar tempo ao ar livre durante todo o ano, acreditando que "não existe mau tempo, existem roupas inadequadas." Conectar-se com a natureza, mesmo nos dias frios, atua como um antidepressivo natural. A tradição de sair, construir fogueiras e sentir-se parte da natureza ajuda a manter uma perspectiva mais ampla.
Aceitar a diminuição natural de energia durante o inverno é fundamental. A psicóloga Ida Solhaug destaca a importância de respeitar as variações naturais do corpo e reconhecer a necessidade de pausas. Aceitar a estação de inverno de braços abertos, como aconselha Solhaug, é uma atitude sábia.
Embora o contexto favorável da infraestrutura escandinava facilite essa atitude positiva, a pesquisadora Kari Leibowitz acredita que a mudança cultural é possível. Mesmo em locais menos preparados para enfrentar o inverno, é viável aplicar essas estratégias para melhorar a experiência e transformar a visão sobre a estação fria.
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