Quarta-feira, 30 de Abril de 2025
Porte de arma para mulheres com medida protetiva foi aprovada em comissão

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Porte de arma para mulheres com medida protetiva foi aprovada em comissão

Senado avança com proposta que pode mudar a vida de quem vive sob ameaça constante

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Você já imaginou viver com medo todos os dias… e, de repente, ter o direito de andar armada para se proteger? Pois essa é exatamente a proposta que está avançando no Senado brasileiro: permitir que mulheres com medida protetiva possam portar armas de fogo de forma legal e temporária.

O assunto divide opiniões, mas desperta uma pergunta inevitável: será que estar armada pode realmente salvar vidas?

🔫 Um projeto que muda tudo para mulheres sob ameaça

O Projeto de Lei 3.272/2024 acaba de ser aprovado na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Ele permite que mulheres que têm medidas protetivas por risco de violência doméstica possam ter porte de arma — mesmo que ainda tenham apenas 18 anos, abaixo do mínimo legal de 25 anos estabelecido pela legislação atual.

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O objetivo é direto: dar uma chance real de defesa para quem vive sob o risco constante de agressões, perseguições e até feminicídio.

A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou, o projeto de lei que autoriza o porte temporário de arma para mulheres com medida protetiva de urgência. A matéria recebeu um parecer favorável do relator,  Magno Malta (PL-ES), e segue para a Comissão de Segurança Pública.

⚖️ Como funciona isso na prática?

Para ter acesso ao porte de arma temporário, a mulher precisará:

  • Comprovar que tem uma medida protetiva vigente;

  • Ser maior de 18 anos;

  • Passar por teste psicológico e técnico exigido por lei;

  • Estar apta a manusear a arma com segurança.

A proposta altera pontos importantes do Estatuto do Desarmamento, uma das leis mais sensíveis do país, especialmente em tempos de debate intenso sobre segurança pública.

📊 Os números que chocam (e justificam a proposta)

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024:

  • Em 2023, mais de 540 mil medidas protetivas foram concedidas;

  • Houve mais de 848 mil denúncias de violência doméstica;

  • Foram registrados 1.448 feminicídios em 2023 e 1.459 em 2024 — média de 4 mulheres mortas por dia.

Os números, por si só, mostram que o atual sistema de proteção ainda não está funcionando como deveria. A ideia por trás do projeto é simples: a possibilidade de a mulher estar armada pode fazer o agressor pensar duas vezes.

❗ Curiosidade: o que é uma medida protetiva?

As medidas protetivas de urgência são recursos legais para proteger pessoas em risco, especialmente mulheres. Elas incluem:

  • Afastamento imediato do agressor;

  • Proibição de contato ou aproximação;

  • Suspensão do porte de arma do agressor;

  • Abrigo temporário para a vítima;

  • Pensão alimentícia provisória, entre outras.

Mas mesmo com essas medidas, a violência continua a acontecer — muitas vezes, com finais trágicos.

🤔 E agora? Isso é libertação ou um risco ainda maior?

Para alguns, dar armas às mulheres é empoderamento. Para outros, é colocar ainda mais gente em risco, em especial se a arma cair em mãos erradas ou em situações emocionais instáveis.

A discussão está só começando, e o projeto ainda precisa passar por outras comissões antes de virar lei.

Mas a pergunta continua: será que uma arma pode ser a diferença entre a vida e a morte em um país onde a cada 6 horas uma mulher é assassinada?

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