Você é do tipo que vai ao banheiro três vezes por dia ou apenas em “datas especiais”? Pode parecer um assunto tabu, mas a frequência com que você faz cocô diz muito sobre a sua saúde — e até sobre sua expectativa de vida.
De acordo com estudos recentes, evacuar entre uma a três vezes por dia pode ser o ideal para manter o intestino feliz e o corpo funcionando direitinho. Já fazer cocô menos de três vezes por semana pode estar ligado ao acúmulo de toxinas perigosas no sangue, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, renais e até Alzheimer.
A tal “zona Cachinhos Dourados” do cocô
O microbiologista Sean Gibbons chamou de “zona Cachinhos Dourados” o intervalo ideal de evacuação: de uma a duas vezes por dia. Pessoas com essa rotina tendem a ter uma maior presença de bactérias boas no intestino, responsáveis por produzir substâncias benéficas como o butirato — um ácido graxo que ajuda a reduzir inflamações, regular a glicose e melhorar a sensibilidade à insulina.
E como saber se está tudo bem lá embaixo?
Um dos métodos é observar suas fezes. Sim, você leu certo. A famosa Escala de Bristol classifica os tipos de cocô — desde os “bolinhas duras” até os “líquidos demais” — e ajuda médicos a identificarem problemas digestivos com base apenas no formato das fezes.
Além disso, dá para fazer um teste caseiro simples: coma milho ou muffin com corante azul e cronometre quanto tempo leva até que ele reapareça no vaso. Se demorar muito, talvez seu intestino esteja preguiçoso demais.
Dica extra: como manter o intestino saudável?
-
Beba bastante água;
-
Coma fibras (frutas, legumes, grãos integrais);
-
Movimente-se: exercícios ajudam na motilidade intestinal;
-
Evite segurar a vontade de ir ao banheiro;
-
Preste atenção nas suas fezes (sem nojinho!).
Curiosidade: você não está sozinho no banheiro!
Um estudo na Inglaterra descobriu que apenas 40% dos homens e 33% das mulheres fazem cocô uma vez por dia. Ou seja: “o normal” varia muito — mas existe uma faixa mais saudável.
Fazer cocô todo dia, sim, pode ser sinal de saúde. Mas mais importante que a frequência é observar a qualidade, o formato e o tempo de trânsito intestinal. Seu cocô pode ser o mapa da mina para entender melhor o que acontece dentro do seu corpo.