A morte de um papa sempre gera comoção no mundo todo. Mas você já se perguntou como a Igreja Católica escolhe o próximo pontífice?
É aí que entra o famoso e misterioso Conclave, um processo cheio de rituais secretos, regras milenares e momentos que parecem ter saído direto de um filme.
📜 O que é o Conclave?
O Conclave é o momento em que os cardeais da Igreja Católica se reúnem, em total isolamento, para escolher quem será o novo papa. A palavra “conclave” vem do latim cum clave, que significa literalmente “com chave”. Isso porque, uma vez lá dentro, ninguém entra e ninguém sai até a decisão ser tomada.
Já imaginou ficar trancado dias — ou semanas — sem celular, redes sociais ou qualquer contato com o mundo exterior só para votar num novo líder espiritual?
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⏳ Quando começa o Conclave?
Pelas regras atuais do Vaticano, o Conclave deve começar entre 15 e 20 dias após a morte do papa. Mas desde 2013, uma mudança feita por Bento XVI permite iniciar antes, caso todos os cardeais com direito a voto já estejam no Vaticano.
Em 2025, estima-se que o novo Conclave comece entre 6 e 11 de maio, embora a data exata seja mantida em sigilo.
🙋♂️ Quem vota?
Nem todos os cardeais podem votar. Apenas aqueles com menos de 80 anos participam da escolha. Atualmente, são 135 cardeais eleitores — sete deles são brasileiros!
🔒 Como funciona lá dentro?
Tudo acontece na Capela Sistina, um dos lugares mais icônicos do Vaticano. Os cardeais fazem um juramento de sigilo absoluto e participam de até quatro votações por dia (duas pela manhã e duas à tarde).
Os votos são escritos à mão e queimados após cada contagem. E é da chaminé da Capela Sistina que sai a famosa fumaça:
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Fumaça preta: nada feito.
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Fumaça branca: temos um novo papa!
Curiosidade: já houve conclaves que duraram mais de dois anos, como o de 1268, que terminou com a eleição de Gregório X. Foi tão demorado que os cidadãos da cidade onde o conclave acontecia trancaram os cardeais, cortaram a comida e até destelharam o local para apressar a decisão.
⚖️ E se ninguém for escolhido?
Se após várias rodadas de votação não houver consenso, os dois cardeais mais votados passam a disputar uma espécie de “segundo turno”, mas ainda precisam alcançar dois terços dos votos para serem eleitos.
🇧🇷 E o Brasil nessa história?
O Brasil pode ter um papel de destaque. Sete brasileiros estão entre os eleitores, incluindo o cardeal Sérgio da Rocha, de Salvador, e Odilo Scherer, de São Paulo. Alguns deles já são vistos como papáveis por analistas do Vaticano.
🌍 Um evento que para o mundo
A escolha de um novo papa é mais do que um rito religioso: é um momento que atrai olhares do mundo inteiro. Governos, fiéis e até pessoas de outras religiões acompanham cada movimento.
Agora me diz:
Você já imaginou que um dos processos mais secretos do mundo começa com fumaça e silêncio absoluto?
