Terça-feira, 18 de Marco de 2025
Real já valeu mais que o Dólar. Relembre como foi essa época

História e Geografia

Real já valeu mais que o Dólar. Relembre como foi essa época

Era de ouro do real: o que aconteceu com nossa moeda?

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Já imaginou que houve uma época em que o real era mais valioso que o dólar? Sim, parece difícil de acreditar olhando para o câmbio atual, mas nos anos 90, nossa moeda chegou a viver dias de glória, comprando mais que a americana. Imagine entrar no supermercado e achar queijo suíço ou bolo norueguês na prateleira, sem que isso fosse um luxo quase inacessível. Essa fase marcou o início do Plano Real, um momento de grandes mudanças econômicas no Brasil. Mas, como toda história de altos e baixos, essa valorização não durou para sempre.

O Real que Valia Ouro

Em 1994, quando o Real nasceu, ele chegou chutando a porta da economia: R$ 0,83 comprava 1 dólar! Tudo isso aconteceu porque o Plano Real trouxe uma estratégia de paridade cambial, onde o governo basicamente "segurava a onda" do câmbio para domar a inflação. Resultado? Uma moeda forte, uma inflação em queda e o Brasil vivendo sua "festa internacional", com produtos importados pipocando nos mercados.

A Festa dos Importados

Para quem vivia na época, isso significava um verdadeiro "boom" de consumo. Produtos importados como chocolates suíços, perfumes franceses e eletrônicos japoneses começaram a fazer parte do dia a dia de muitas famílias brasileiras. Era como se o país tivesse ganhado um passe VIP para o mercado global.

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Mas nem tudo são flores...

Essa valorização não aconteceu por acaso. A política de juros altos, que chegava a impressionantes 50% ao ano, atraía investidores estrangeiros. Eles traziam dólares para o país, reforçando as reservas e mantendo a moeda americana sob controle. Além disso, o Banco Central utilizava suas reservas internacionais para injetar dólares no mercado quando a demanda aumentava, evitando que o real perdesse valor.

Mas nem tudo era tão simples. Embora o câmbio controlado fosse eficiente no curto prazo, ele também trazia desafios. Com o tempo, ficou claro que essa estratégia era insustentável. Para manter o real valorizado, o governo gastava suas reservas de dólar a um ritmo preocupante. Além disso, o estímulo às importações fazia com que produtos nacionais perdessem competitividade, afetando a indústria local.

Em 1999, a paridade cambial chegou ao fim, e o Brasil adotou o câmbio flutuante, no qual o valor do dólar passou a ser determinado pelo mercado. Desde então, o real nunca mais teve o mesmo brilho frente à moeda americana.

Caso Real:

Em 2002, porém, o real teve o seu momento de maior desvalorização. Com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente das eleições daquele ano, a cotação da divisa americana foi a R$ 4 pela primeira vez no pregão de 10 de outubro, antes do segundo turno contra José Serra (PSDB), mas fechou o dia a R$ 3,99.

Corrigidos pela inflação americana e brasileira esses valores correspondem hoje a R$ 8,37 e a R$ 8,35. Ou seja, para bater o recorde de maior valor do Plano Real, o dólar teria que subir mais 54% e superar os R$ 8,37. Difícil de imaginar, né?

Curioso pensar nisso tudo, não é?

É impressionante como o cenário mudou, não é? Hoje, o real está longe de competir com o dólar em termos de valor e poder de compra. E está cada vez mais desvalorizado. Será que um dia voltaremos a ter uma moeda tão valorizada? E você, o que pensa sobre a desvalorização do real? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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