A cada ano, milhares de muçulmanos jejuam do nascer ao por do sol, durante 30 dias, como parte da celebração do Ramadã, mês sagrado que marca a primeira revelação divina de Maomé. Nos anos recentes, o Ramadã tem ocorrido durante os meses de verão no hemisfério Norte, quando os dias são mais longos. Isso significa que, em países mais ao norte, muçulmanos chegarão a jejuar por até 20 horas por dia.
O jejum de 20 horas impacta o corpo de forma significativa. Nos primeiros dias, o organismo utiliza a glicose armazenada para obter energia, o que pode resultar em fraqueza, tontura e até dores de cabeça. Com o tempo, o corpo começa a queimar gordura, promovendo perda de peso e redução de colesterol. Porém, a hidratação é crucial para evitar desidratação. Na segunda metade do jejum, o corpo se adapta ao processo e os órgãos, como fígado e rins, passam por uma desintoxicação, melhorando o nível de energia, concentração e memória.
Embora o jejum tenha benefícios como ajudar o corpo a se autoconsertar, não é recomendado manter esse padrão por longos períodos sem interrupções. Durante o Ramadã, o corpo se adapta bem ao ritmo de jejum de um mês, porque há intervalos regulares para reabastecer com alimentos e líquidos, preservando os músculos e ajudando na perda de peso de forma saudável. No entanto, jejuns prolongados contínuos podem ser prejudiciais, pois o corpo começa a usar músculos como fonte de energia.
Para quem deseja aproveitar os benefícios do jejum sem seguir o Ramadã, especialistas sugerem métodos alternativos, como a dieta 5 por 2, em que o jejum é praticado em dois dias da semana, intercalados com uma alimentação balanceada nos demais dias. Essa prática equilibra os benefícios do jejum com a ingestão regular de nutrientes, tornando-se uma estratégia mais sustentável a longo prazo para a saúde e o controle de peso.