Imagine uma doença que já foi chamada de "varíola do macaco", mas que, na verdade, não tem nada a ver com esses animais. Essa é a mpox, uma infecção que voltou a chamar a atenção do mundo.
Mpox é uma doença conhecida por causar feridas na pele, mas a forma como ela se espalha é o que realmente intriga. O contágio acontece principalmente por meio de contato direto – isso inclui beijos, abraços e relações sexuais – com as secreções respiratórias ou as bolhas de uma pessoa infectada. E não para por aí: compartilhar objetos contaminados com fluidos do paciente ou materiais das lesões também pode transmitir a doença.
Os sinais da mpox são bastante variados: cansaço, febre, calafrios, dor de cabeça e no corpo, ínguas, e claro, as temidas bolhas ou feridas na pele. Se você notar esses sintomas, a dica é simples: procure uma unidade de saúde e evite contato com outras pessoas.
A mpox foi identificada em humanos pela primeira vez em 1970, na atual República Democrática do Congo, durante a disseminação de um subtipo específico. A transmissão ocorria, inicialmente, pelo contato com animais. Mas foi em 2022 que a mpox realmente deu as caras para o mundo, com uma epidemia global causada por outro subtipo, o Clade 2, que resultou em cerca de 140 mortes entre os 90 mil casos registrados em diversos países.
Infelizmente, não há um tratamento específico para a mpox. O que os médicos podem fazer é aliviar os sintomas e prevenir complicações a longo prazo. E o alerta é claro: fique atento à piora dos sintomas, especialmente se as bolhas aumentarem ou se surgirem problemas nos olhos, como inchaço ou conjuntivite.
Você deve estar se perguntando: por que a mpox era conhecida como "varíola do macaco"? A confusão começou porque as primeiras pesquisas indicaram que os macacos poderiam ser os transmissores. Porém, logo ficou claro que o contágio ocorre exclusivamente entre humanos. Para evitar mal-entendidos e proteger os macacos de ataques injustos, a OMS mudou o nome para mpox.
A mpox está de volta, mas não é motivo para pânico. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a criação de um Comitê de Operação de Emergência para monitorar a situação. Segundo ela, não há motivo para alarde, mas é importante estar alerta e informado.