Recentemente, uma descoberta arqueológica intrigante trouxe à tona um fascinante aspecto da vida dos romanos: o uso de sementes alucinógenas e venenosas da planta meimendro preto, há cerca de dois mil anos. Em um estudo publicado na revista Antiquity, pesquisadores revelaram vestígios dessas práticas em um fóssil encontrado no assentamento de Houten-Castellum, na Holanda, datado do período romano.
A análise das sementes, encontradas em um osso oco de animal, revelou pistas sobre seu possível uso recreativo ou medicinal. Embora não haja evidências conclusivas sobre a finalidade exata, a descoberta lança luz sobre os costumes e práticas médicas dessa antiga civilização.
Os pesquisadores, liderados por Maaike Groot da Universidade Livre de Berlim, encontraram as sementes de meimendro preto seladas em um osso oco de cabra ou ovelha, lacrado com um tampão de alcatrão. Essa configuração sugere que as sementes eram armazenadas intencionalmente, e não utilizadas para fumar, como se especulava anteriormente.
Embora não se saiba ao certo se o meimendro era usado para fins medicinais ou recreativos, as descobertas corroboram relatos antigos, como os do escritor Plínio, o Velho, que mencionava o uso da planta para tratar tosse, dor e febre.
Essa revelação arqueológica destaca a complexidade da sociedade romana e sua conexão com as práticas médicas e culturais da época. Além disso, ressalta a importância da arqueologia na compreensão do passado e na contextualização das sociedades antigas.
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