Um novo estudo da Universidade Concórdia, no Canadá, revelou que pessoas bilíngues apresentam uma possível vantagem contra o avanço do Alzheimer. Ao analisar a atividade cerebral de pacientes que falam um e dois idiomas, cientistas observaram que os bilíngues tendem a manter uma massa saudável no hipocampo, região do cérebro crucial para a memória e aprendizado, afetada pela doença.
Conforme publicado na revista Bilingualism: Language and Cognition, essa pesquisa destaca que o bilinguismo pode retardar em quatro a cinco anos o surgimento dos sintomas da doença, sugerindo ser um fator de proteção contra o declínio cognitivo. O hipocampo preservado nos bilíngues se assemelha ao de indivíduos sem diagnóstico de Alzheimer, o que reforça a hipótese dos benefícios da prática de múltiplos idiomas.
Embora promissora, a pesquisa ressalta a necessidade de mais estudos para entender melhor como o bilinguismo impacta a cognição e auxilia na prevenção da atrofia cerebral, fator chave na progressão do Alzheimer. Esse achado abre portas para novas abordagens na preservação cognitiva e na saúde mental no envelhecimento.