Você já ouviu falar em TDPM? O nome é meio complicado, mas o que ele representa é ainda mais desafiador: Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, uma versão extrema e incapacitante da famosa TPM.
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A atriz Fernanda Machado decidiu abrir o jogo nas redes sociais e revelou que sofre com essa condição, que por muito tempo foi ignorada, confundida com depressão ou até mesmo considerada "coisa da cabeça de mulher". E o mais assustador? Cerca de 31 milhões de mulheres no mundo podem estar passando por isso sem saber.
Sintomas que vão muito além do mau humor
Diferente da TPM, o TDPM pode causar sintomas tão intensos que interferem nas relações, no trabalho e até na capacidade de lidar com tarefas do dia a dia.
Os principais sinais são:
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Irritabilidade extrema e alterações de humor abruptas
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Tristeza profunda, ansiedade e crises de choro
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Dificuldade de concentração
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Inchaço, dores e sensibilidade nos seios
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Compulsão alimentar ou perda de apetite
E tudo isso costuma surgir de 7 a 10 dias antes da menstruação e persistir até os primeiros dias do ciclo.
Mas o que causa esse transtorno?
Ainda não há uma resposta exata. A ciência aponta para uma hipersensibilidade às flutuações hormonais, que ocorrem naturalmente no ciclo menstrual. O problema é que, no caso do TDPM, essas oscilações afetam profundamente o sistema nervoso central, causando reações muito mais fortes do que o normal.
Um transtorno com história (e estigma)
Durante séculos, mulheres que sofriam com os sintomas de TDPM eram chamadas de "histéricas" ou "loucas". Muitas chegaram a ser internadas em hospitais psiquiátricos. Hoje, com mais estudos e informação, o diagnóstico finalmente começa a ganhar visibilidade — mas ainda é pouco falado.
Segundo a Universidade Johns Hopkins, para ser considerado TDPM, a mulher precisa apresentar pelo menos 5 sintomas por mês, ao longo de um ano, de forma consistente e com impacto direto em sua vida pessoal ou profissional.
Existe tratamento?
Sim! O tratamento pode envolver terapia, medicação antidepressiva, mudança na alimentação, atividades físicas e até suplementos hormonais. Mas o primeiro passo é o mais importante: o diagnóstico correto.
Curiosidade extra: Sabia que até 8% das mulheres em idade fértil podem ter TDPM sem saber?
E muitas são tratadas erroneamente como se tivessem depressão ou transtornos de personalidade. Falar sobre isso é fundamental para quebrar o tabu e buscar soluções reais.
Então, já imaginou viver metade do mês lutando contra você mesma?
É por isso que o TDPM precisa ser mais discutido, reconhecido e tratado com a seriedade que merece.
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