O uso excessivo de cannabis sempre foi um tema polêmico, e agora a ciência tem mais uma descoberta intrigante: fumar muita maconha pode prejudicar sua memória de trabalho! Mas o que isso significa na prática? Vamos entender melhor.
Como a maconha afeta a memória?
A memória de trabalho é essencial para raciocinar, tomar decisões e até mesmo controlar impulsos. Um estudo da Universidade do Colorado analisou mais de 1.000 jovens adultos e descobriu que aqueles que fazem uso excessivo da cannabis apresentam menor ativação em regiões específicas do cérebro.
Essas regiões incluem:
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Córtex pré-frontal dorsolateral (ligado à tomada de decisões);
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Córtex pré-frontal dorsomedial (responsável pelo foco e planejamento);
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Ínsula anterior (importante para o processamento de emoções).
Essas áreas possuem uma grande quantidade de receptores CB1, que são ativados pelo THC (tetrahidrocanabinol), o principal componente psicoativo da maconha. Com o tempo, esses receptores ficam menos sensíveis, o que pode reduzir a capacidade cognitiva.
O uso recreativo também afeta o desempenho mental?
Sim! O estudo revelou que o consumo recente de maconha pode diminuir o desempenho em tarefas que exigem memória de trabalho e habilidades motoras.
Por outro lado, os pesquisadores não encontraram uma ligação direta entre o diagnóstico de dependência da maconha e a função cerebral. Isso indica que os impactos na memória não estão diretamente ligados a problemas sociais ou legais relacionados ao uso da substância.
O cérebro adolescente é ainda mais vulnerável
Outro fator preocupante é que o uso da cannabis durante a adolescência pode comprometer o desenvolvimento cerebral. Estudos mostram que jovens que fazem uso frequente da maconha podem apresentar uma redução na espessura do córtex pré-frontal, afetando suas capacidades cognitivas a longo prazo.
Além disso, o consumo precoce da substância pode aumentar o risco de psicose na fase adulta.
Curiosidades sobre a cannabis
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A cannabis é usada medicinalmente para tratar dores crônicas, ansiedade e epilepsia.
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O primeiro uso documentado da maconha foi na China, há mais de 2.500 anos.
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Algumas variedades da planta possuem concentração maior de CBD (canabidiol), que não causa efeitos psicoativos e tem propriedades terapêuticas.
A cannabis é um tema que gera debates acalorados, mas a ciência segue revelando seus efeitos no corpo humano. O que você acha sobre esse estudo? Deixe sua opinião nos comentários!
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