Se você acha que seu vale-refeição nunca dura o mês todo, saiba que não está sozinho. Uma pesquisa recente revelou que o valor médio do benefício em 2024 foi de R$ 497, cerca de R$ 22,58 por dia. Parece razoável? Nem tanto, já que o custo médio de uma refeição completa no Brasil chega a R$ 51,61!
Na prática, isso significa que o vale-refeição só cobre 10 dias úteis do mês, deixando o trabalhador com um buraco no orçamento de mais de R$ 600 para fechar a conta.
Regiões do Brasil: onde o vale-refeição pesa mais
Os desafios são ainda maiores dependendo de onde você mora:
- Norte e Nordeste: Com os menores valores médios, R$ 18,18 e R$ 18,21 por dia, respectivamente, essas regiões enfrentam um dos maiores descompassos entre benefício e custo.
- Sudeste: Apesar do maior crédito diário (R$ 24,39), é aqui que comer fora custa mais caro, com a média de R$ 54,54 por refeição.
- Centro-Oeste: A região tem o benefício mais equilibrado, mas ainda só cobre 11 dias úteis, no máximo.
- Sul: Benefício médio de R$ 21,43 por dia, mas o custo da refeição continua pesando no bolso.
O que está por trás desse descompasso?
A inflação acumulada nos últimos anos é o grande vilão. Enquanto o preço das refeições disparou, os valores do vale-refeição permaneceram praticamente congelados. Em 2019, o benefício cobria 18 dias do mês; agora, mal chega à metade.
Além disso, as empresas nem sempre ajustam o valor do benefício conforme o aumento no custo de vida, o que torna o problema ainda mais evidente em regiões com maior vulnerabilidade econômica.
Curiosidade: o impacto do "marmitex salvador"
Comer fora pesa no bolso, mas a marmita continua sendo uma alternativa prática e econômica para muitos brasileiros. Estima-se que preparar refeições em casa pode reduzir os gastos com alimentação em até 50%. É uma economia significativa e, de quebra, ainda permite um cardápio mais saudável e personalizado.
Como driblar o problema?
- Planeje suas refeições: Se possível, alterne entre comer fora e levar marmita.
- Aposte em apps de desconto: Muitos restaurantes oferecem cupons ou promoções.
- Converse com seu RH: Sugerir ajustes no benefício com base na inflação pode ser um bom começo.
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