Já imaginou descobrir tudo sobre alguém em segundos?
Pois é. Foi com essa ideia que nasceu o Plinq, um site que promete ajudar mulheres a se protegerem antes de se envolverem com alguém, seja um novo namorado, motorista de aplicativo ou até um professor. Com ele, é possível fazer uma consulta de antecedentes criminais rápida, anônima e totalmente legal.
Criado em 2025 pela curitibana Sabrine Matos, o Plinq usa inteligência artificial para cruzar informações públicas de órgãos oficiais e mostrar se a pessoa em questão tem processos, mandados de prisão ou histórico criminal. Tudo de forma simples e segura, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
“A ideia é proteger, não expor”, explica Sabrine.
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Como funciona o Plinq
O sistema é bem intuitivo. A usuária insere informações básicas, como nome completo, CPF ou telefone, e o site realiza uma busca automatizada de antecedentes criminais. Os resultados aparecem em um formato fácil de entender, com um sistema de bandeiras:
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Verde: nenhum registro encontrado.
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Amarela: processo sob segredo de justiça.
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Vermelha: presença de processo criminal ou mandado ativo.
Essa classificação ajuda mulheres a interpretarem os resultados rapidamente, sem precisar entender termos jurídicos complicados.
E vale lembrar: uma bandeira verde não significa que o risco é zero, apenas que não há registros públicos disponíveis.
A história por trás da criação do Plinq
O projeto nasceu de uma tragédia. Em fevereiro de 2025, a jornalista Vanessa Ricarte, do Mato Grosso do Sul, foi assassinada pelo ex-noivo, um homem com 14 processos por violência doméstica. O caso chocou o país e fez Sabrine Matos repensar como a tecnologia poderia evitar novas histórias como essa.
A partir daí, ela criou o Plinq, transformando o luto em prevenção.
Poucos meses depois, o site já tinha mais de 15 mil usuárias e relatos de mulheres que conseguiram escapar de situações perigosas graças à ferramenta.
É legal fazer uma consulta de antecedentes criminais?
Sim! De acordo com o advogado criminalista Fillipe Roulien, qualquer cidadão pode acessar informações públicas sobre antecedentes através de certidões emitidas por tribunais ou pela Polícia Federal.
A Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011) garante a publicidade desses dados, desde que usados de forma responsável.
Ou seja, o que o Plinq faz é apenas organizar e facilitar esse acesso, tornando o processo rápido e compreensível.
Quanto custa usar o Plinq?
A assinatura anual do Plinq custa R$ 97 e dá acesso a consultas ilimitadas, além de alertas de atualização e ferramentas de segurança extras.
O site está disponível apenas para mulheres, e em breve deve ganhar também um aplicativo próprio, com novas funções, como:
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Fórum anônimo para trocas de experiências;
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Sistema de compartilhamento de localização em tempo real;
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Alertas automáticos sobre pessoas potencialmente perigosas.
Um passo importante pela segurança feminina
Mais do que uma ferramenta tecnológica, o Plinq representa um novo capítulo na luta das mulheres pela autoproteção digital.
Com poucos cliques, é possível evitar ciladas, tomar decisões com mais segurança e até salvar vidas.
Afinal, informação é poder, e no caso do Plinq, poder que protege.
