Segunda-feira, 03 de Novembro de 2025
SpaceSail, a rival chinesa da Starlink, chega ao Brasil

Ciência e Tecnologia

SpaceSail, a rival chinesa da Starlink, chega ao Brasil

A empresa chinesa SpaceSail inicia operações no país e promete internet rápida até nos lugares mais remotos.

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Adeus, Starlink? A tecnologia chinesa que promete mudar o futuro da internet no Brasil

Já imaginou ter internet ultrarrápida mesmo morando em um lugar onde nem o sinal do celular chega?
Pois é exatamente essa a promessa da SpaceSail, a empresa chinesa que acaba de desembarcar no Brasil com uma missão ousada: competir de frente com a Starlink, de Elon Musk, e transformar o país no centro da nova corrida espacial digital.

A SpaceSail, sediada em Xangai, firmou um acordo com a Telebras para instalar sua primeira base de internet via satélite fora da Ásia. O objetivo é oferecer conexão de alta velocidade em regiões onde os cabos de fibra óptica ainda não chegaram e, de quebra, desafiar o domínio norte-americano na órbita terrestre.

“Estamos diante de uma nova era da conectividade global, e o Brasil é o ponto de partida”, afirmou um dos executivos da empresa durante o anúncio.

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A SpaceSail, sediada em Xangai, firmou um acordo com a Telebras

A nova corrida espacial digital

A disputa não é pequena. De um lado, Elon Musk com seus mais de 7 mil satélites Starlink já em operação e planos para chegar a 42 mil até o fim da década. Do outro, a China avança com um ambicioso projeto de soberania digital: a constelação SpaceSail, que começa com 648 satélites LEO (de órbita baixa) e pretende alcançar 15 mil até 2030, cobrindo 30 países, entre eles boa parte da América do Sul.

E o investimento é bilionário. Em 2024, a SpaceSail recebeu 6,7 bilhões de yuans (cerca de R$ 4,8 bilhões) em financiamento de um fundo estatal chinês voltado para tecnologias espaciais. Parte desse recurso foi destinada à construção de centros de controle e antenas, incluindo o primeiro deles, em solo brasileiro.

A SpaceSail, sediada em Xangai, firmou um acordo com a Telebras
A China avança com um projeto de soberania digital: a constelação SpaceSail

Como funciona a tecnologia LEO

Os satélites LEO (Low Earth Orbit) operam entre 500 e 2.000 km acima da Terra, muito mais próximos do planeta do que os satélites tradicionais. Essa diferença de distância é o segredo por trás da velocidade: quanto mais perto, menor a latência e maior a estabilidade da conexão.

Em outras palavras, transmissões ao vivo sem travamentos, jogos online mais rápidos e chamadas de vídeo com qualidade de fibra — mesmo nos cantos mais isolados do país.

A Starlink usa a mesma tecnologia, mas agora a concorrência promete acelerar a inovação e reduzir custos. Com a entrada da SpaceSail, especialistas acreditam que os preços da internet via satélite devem cair e a cobertura, aumentar; especialmente em regiões como a Amazônia Legal, o sertão nordestino e áreas rurais do Centro-Oeste.

Um jogo geopolítico no espaço

Mais do que uma disputa comercial, essa é uma batalha por influência global.
Enquanto os Estados Unidos buscam consolidar sua presença através da Starlink, a China avança com a SpaceSail e outros projetos como o Qianfan (“Mil Velas”), que juntos somam mais de 43 mil satélites planejados.

O objetivo é claro: independência tecnológica e soberania digital.
Para o Ocidente, porém, essa expansão levanta alertas sobre possíveis riscos de segurança e censura digital, temas que vêm sendo amplamente debatidos por governos e especialistas em todo o mundo.

Equipamento da Spacesail, rival da Starlink, que chegou ao Brasil
O objetivo é claro: independência tecnológica e soberania digital.

O Brasil no centro dessa revolução

Com a chegada da SpaceSail, o Brasil se torna o primeiro país fora da Ásia a integrar a rede chinesa de conectividade espacial.
A expectativa é que, nos próximos anos, o país se torne um hub regional de internet via satélite, exportando sinal para países vizinhos como Peru, Bolívia e Paraguai.

Para milhões de brasileiros que ainda vivem em áreas sem internet, essa disputa entre potências pode significar algo simples, mas transformador: conexão real com o mundo.

Especialistas acreditam que essa “nova corrida espacial digital” pode reduzir desigualdades, ampliar o acesso à educação e impulsionar o desenvolvimento tecnológico em toda a América do Sul.

No fim das contas, enquanto China e Estados Unidos travam sua guerra silenciosa pelos céus, o grande beneficiado pode ser o usuário comum — aquele que só quer assistir a um filme em paz, mesmo no meio do nada.

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