Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025
Irlanda irá apoiar artistas locais com renda básica mensal

Arte e Cultura

Irlanda irá apoiar artistas locais com renda básica mensal

Após sucesso em programa piloto, governo vai oferecer renda semanal a mais de dois mil artistas.

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Já imaginou viver da arte sem medo do fim do mês?

Imagine um país onde ser artista não significa viver de incertezas, mas de criatividade. Onde músicos, pintores e escritores podem dedicar seu tempo integral à arte, sem o peso constante das contas e da instabilidade financeira. Esse lugar existe, e fica na Irlanda.

O governo irlandês acaba de transformar em política permanente o programa Renda Básica para as Artes (BIA), que garante €325 por semana a artistas, músicos e trabalhadores criativos. A iniciativa, que começou como um teste em 2022, mostrou resultados tão positivos que agora se tornará parte oficial das políticas culturais do país.

“É uma conquista tremenda para a Irlanda e invejada em todo o mundo”, afirmou Patrick O’Donovan, ministro da Cultura.

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A Irlanda transformou em política permanente o programa Renda Básica para Artes

 

Um experimento que deu certo

Durante a fase piloto, cerca de dois mil artistas participaram do programa e relataram mudanças profundas em suas rotinas e na saúde mental. A maioria disse ter conseguido reduzir o estresse financeiro e aumentar o tempo dedicado ao trabalho criativo, algo raro em um setor marcado pela instabilidade.

A versão definitiva do programa deve começar a partir de setembro de 2026, contemplando 2.200 profissionais das artes. O valor, equivalente a pouco mais de R$2.000 por semana, será pago mensalmente e é tributável, dependendo da situação de cada participante.

Mais do que um auxílio, a iniciativa é um reconhecimento de que a arte é trabalho e, como tal, merece condições dignas.

Renda básica para artistas na Irlanda
 A versão definitiva do programa deve começar a partir de setembro de 2026

 

A crise que despertou a mudança

Antes dessa virada, a Irlanda enfrentava uma crise cultural silenciosa. Um levantamento mostrou que o número de casas noturnas do país despencou de 522 para apenas 83 em 25 anos. Bares com entrada gratuita, leis desatualizadas e altos custos de operação estavam sufocando a cena artística local.

O novo programa surge como uma tentativa de reacender essa chama. Ao oferecer estabilidade, o governo quer garantir que a arte continue pulsando, não apenas nos grandes centros, mas também nas pequenas cidades e comunidades.

“Resolver a instabilidade financeira de quem vive da arte é investir no coração criativo de uma nação.”

Renda básica mensal para artistas locais
O governo quer garantir que a arte continue pulsando

 

Um exemplo para o mundo

A decisão irlandesa já desperta interesse internacional. Políticos, economistas e artistas de outros países observam com curiosidade os resultados do projeto. Afinal, em tempos em que a tecnologia avança e o trabalho criativo é constantemente desvalorizado, a Irlanda está propondo algo ousado: colocar a arte no centro da economia humana.

Se der certo, o modelo pode inspirar políticas semelhantes em outras partes do planeta, inclusive no Brasil.

Afinal, quem nunca sonhou em viver em um lugar onde a criatividade vale tanto quanto o esforço físico?

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