Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025
Como supervisionar o que meu filho vê na internet?

Comportamentos

Como supervisionar o que meu filho vê na internet?

Especialistas explicam como supervisionar o uso da internet com segurança e diálogo.

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Já imaginou o que seu filho realmente vê na internet?

Parece inofensivo. Um tablet colorido, um joguinho educativo, um vídeo engraçado. Mas, por trás da tela, um universo inteiro se abre, e nem sempre é seguro.

De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024, 81% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos têm celular próprio, e 76% já usam redes sociais. O acesso ao mundo digital começa cada vez mais cedo, e com ele vêm desafios que muitos pais ainda não estão preparados para enfrentar.

“A internet é como uma cidade gigantesca: cheia de oportunidades, mas também com becos escuros.”

Ambiente digital para crianças
Por trás da tela, um universo inteiro se abre, e nem sempre é seguro

 

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Crescer na era digital exige vigilância e diálogo

Antigamente, o perigo estava na rua. Hoje, ele pode estar dentro do quarto.
Sem supervisão, crianças podem ser expostas a conteúdos violentos, pornográficos, desafios perigosos ou até criminosos disfarçados em perfis falsos.

Segundo o especialista em educação digital Rodrigo Nejm, do Instituto Alana, o ideal é que a introdução das crianças à internet seja feita de forma gradual e acompanhada. Ele recomenda começar pela televisão e plataformas com controle de perfis por idade, antes de liberar celulares, tablets ou computadores próprios.

“Uma criança de 6 ou 7 anos pode dominar a tecnologia, mas ainda não tem discernimento suficiente para usá-la com segurança”, explica Nejm.

O Governo Federal também orienta que o acesso a um aparelho próprio não aconteça antes dos 12 anos.
Mas, como sabemos, na prática a realidade é diferente e a solução passa por combinar regras, orientação e confiança.

Ambiente digital para crianças
Antigamente, o perigo estava na rua. Hoje, ele pode estar dentro do quarto

 

Ferramentas que ajudam os pais a monitorar

Depois que o celular chega às mãos da criança, a melhor aliada dos pais é a tecnologia.
Os sistemas Android e iOS oferecem ferramentas nativas de controle parental, como o Family Link (Google) e o Tempo de Uso (Apple), que permitem limitar o tempo de tela, restringir conteúdos e até acompanhar a localização.

Existem ainda aplicativos especializados, como Qustodio, Kaspersky Safe Kids e Norton Family, que ajudam a definir horários de uso, bloquear sites impróprios e monitorar atividades online.
A maioria tem versões gratuitas e pagas, com diferentes níveis de controle.

“Use a tecnologia para reduzir camadas de exposição. Cada bloqueio é uma porta que você mantém fechada para o perigo”, orienta o especialista.

Mesmo consoles de videogame têm recursos de controle parental — algo que muitos pais desconhecem.

Redes sociais: o ponto mais delicado

O uso de redes sociais é o maior desafio da nova geração. O TikTok, Facebook e YouTube só são recomendados a partir dos 13 anos, enquanto o Instagram elevou a idade mínima para 16 anos no Brasil. Mesmo assim, o número de perfis infantis só cresce.

“Rede social não foi feita para crianças. Além do conteúdo adulto e da publicidade, há riscos de contato com pessoas mal-intencionadas”, alerta Nejm.

Por isso, plataformas como o YouTube Kids foram criadas para garantir um ambiente mais seguro — embora o olhar humano ainda seja insubstituível.

Confiança: a melhor tecnologia de todas

Mais do que instalar aplicativos, é essencial conversar.
Segundo Nejm, o diálogo é o verdadeiro escudo digital.
Crianças precisam entender que a internet também tem regras, assim como há horários para dormir, estudar ou sair de casa.
É preciso combinar acordos, ouvir sem julgar e manter uma comunicação aberta.

“A melhor forma de proteger é construir uma relação de confiança transparente.”

Os pais também podem navegar junto nos primeiros acessos, assistindo aos vídeos e escolhendo conteúdos em família.
Cada lar tem seus valores e limites, e isso precisa ser refletido também na vida digital.

Sinais de alerta: quando a internet começa a fazer mal

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta para sinais de que algo pode estar errado: isolamento, queda no rendimento escolar, insônia ou irritabilidade podem indicar impacto negativo das redes sociais.

“Observe mudanças bruscas de comportamento. Se seu filho parece ansioso, obcecado por likes ou abalado por situações online, é hora de conversar e acompanhar mais de perto”, recomenda a SBP.

O equilíbrio possível

Cuidar não é vigiar, é proteger com consciência. A internet pode ser uma ferramenta poderosa de aprendizado, criatividade e conexão — desde que usada com limites claros e diálogo constante. A verdadeira segurança vem de um acompanhamento ativo, sem medo de perguntar, de explicar e de ensinar.

“No fim das contas, a senha mais importante não está no celular. Está na confiança entre pais e filhos.”

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