Já imaginou receber um Pix de 1 centavo do nada?
Pode parecer um erro, um presente simbólico ou até uma brincadeira entre amigos. Mas, na verdade, esse pequeno depósito pode esconder uma das táticas mais recentes de golpistas digitais.
O chamado golpe do Pix de 1 centavo tem se espalhado por todo o país, e o mais assustador é que ele começa de forma aparentemente inofensiva: com uma transferência de apenas um centavo.

Mas afinal, por que alguém enviaria um Pix de 1 centavo?
Por trás desse microdepósito, há uma estratégia de validação de contas. Os criminosos utilizam listas de chaves Pix e dados pessoais compradas ilegalmente na internet e fazem pequenos testes para saber quais contas realmente existem e estão ativas.
“Quando o golpista envia 1 centavo, ele está checando se aquela conta é real e em nome de quem está registrada.”
Assim, ele confirma as informações da vítima e dá o próximo passo no golpe: o contato direto.

A engenharia social entra em ação
Depois de confirmar que sua conta existe, o golpista passa a se passar por funcionário do banco ou de instituições financeiras conhecidas. Ele liga, envia mensagens e cria um clima de urgência, dizendo que há uma suposta falha de segurança ou tentativa de fraude.
O objetivo? Convencer a vítima a fornecer códigos, senhas ou autorizar transferências.
Em alguns casos, o criminoso até tenta transferir a chave Pix da vítima para uma conta fraudulenta, o que faz com que todos os pagamentos futuros caiam direto nas mãos do golpista.

O que fazer se você receber um Pix estranho
A primeira regra é simples: não ignore e não tente retribuir o valor.
Se o depósito veio de um desconhecido, avise imediatamente o seu banco pelos canais oficiais de atendimento.
A maioria das instituições possui áreas específicas para denúncias de fraude e pode rastrear a transação.
Além disso, caso receba alguma ligação após o microdepósito, não passe nenhum código nem confirme dados pessoais.
A recomendação é registrar um boletim de ocorrência e, se possível, manter um registro das transações e contatos recebidos.
“Um Pix de 1 centavo pode parecer insignificante, mas serve como uma isca para algo muito maior.”
Por que esses golpes continuam crescendo
A popularização do Pix facilitou a vida de milhões de brasileiros, mas também abriu espaço para novos tipos de fraude digital.
Segundo especialistas em segurança, o problema não está no sistema em si, mas na forma como criminosos exploram a confiança e o descuido das pessoas.
Golpes baseados em engenharia social são difíceis de detectar, porque se apoiam no comportamento humano — não na tecnologia. Por isso, manter-se informado é a melhor defesa.
Como se proteger
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Desconfie de qualquer contato que se identifique como “suporte do seu banco” e peça dados pessoais.
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Nunca compartilhe códigos de segurança recebidos por SMS ou aplicativos.
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Ative autenticação em duas etapas nas suas contas.
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Use senhas fortes e exclusivas para cada aplicativo.
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Acompanhe suas notificações bancárias com atenção.
Conclusão
No universo digital, até um centavo pode ser usado como armadilha.
O golpe do Pix de 1 centavo é um lembrete de que a segurança online começa com a atenção aos detalhes.
Se você receber uma transferência inesperada, não caia na curiosidade, informe seu banco e fique atento.