Já imaginou se houvesse um planeta inteiro escondido bem aqui, no nosso próprio Sistema Solar?
Essa ideia parece saída de um filme de ficção científica, mas foi levantada por um grupo de astrônomos da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Eles acreditam ter encontrado pistas da existência de um corpo celeste invisível, um possível “Planeta Y”, que estaria influenciando a órbita de objetos muito além de Netuno.
O estudo foi publicado na prestigiada revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters e levantou uma hipótese que tem intrigado a comunidade científica: um planeta oculto, talvez do tamanho da Terra, poderia estar literalmente puxando o Sistema Solar.

🌌 A descoberta que desafia o mapa do Sistema Solar
Os pesquisadores analisaram a trajetória de 154 objetos do Cinturão de Kuiper, uma imensa região repleta de corpos gelados na fronteira do Sistema Solar. Foi então que notaram algo estranho: a partir de cerca de 12 bilhões de quilômetros do Sol, o conjunto desses objetos começa a se inclinar de forma inesperada, um comportamento que não poderia ser explicado apenas pelos planetas já conhecidos.
Segundo as simulações feitas por computador, a melhor explicação seria a presença de um novo planeta, com massa entre a de Mercúrio e a da Terra. Esse corpo teria uma órbita extremamente distante e levemente inclinada, o que o tornaria praticamente invisível aos telescópios atuais.
“Se ele realmente existir, será o primeiro novo planeta descoberto no Sistema Solar em mais de 170 anos”, afirmam os autores do estudo.

🪐 Planeta Y não é o mesmo que o famoso “Planeta 9”
Ao contrário do que alguns imaginam, o Planeta Y não seria o misterioso Planeta 9, cuja possível existência já foi discutida em pesquisas anteriores. Trata-se de um objeto diferente, localizado em outra região do Sistema Solar e com influência gravitacional distinta.
Os cálculos indicam que o Planeta Y teria uma inclinação de cerca de 15 graus em relação ao plano orbital dos demais corpos, o suficiente para causar distorções nas órbitas menores próximas a ele. É como se um peso invisível estivesse empurrando o tabuleiro do Sistema Solar para um lado.
🌍 Uma caçada cósmica prestes a começar
A busca por esse planeta oculto está apenas começando. Telescópios mais potentes, como o do Observatório Vera C. Rubin, devem iniciar nos próximos anos uma varredura detalhada do céu noturno, capaz de detectar até os objetos mais apagados e distantes.
Se a hipótese for confirmada, o Planeta Y entrará para a história como o primeiro novo planeta identificado desde Netuno, descoberto em 1846.
Mais do que uma simples descoberta astronômica, seria uma revolução na forma como enxergamos o Sistema Solar, e um lembrete de que ainda há muito a ser revelado, mesmo “aqui perto de casa”.
“Talvez o universo ainda tenha alguns segredos escondidos bem diante dos nossos olhos.”