🌊 La Niña está de volta e pode durar até 2026
Você já reparou como o clima parece cada vez mais imprevisível? Pois bem, parte dessa história tem um nome: La Niña. O fenômeno climático, conhecido por alterar padrões de chuva e temperatura em todo o planeta, foi oficialmente confirmado de volta, e pode durar até o início de 2026.
De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as águas do Oceano Pacífico Equatorial voltaram a esfriar, com temperaturas variando entre –1,0 °C e –0,5 °C. Esse resfriamento é o principal sinal da presença da La Niña.
“Para que o fenômeno seja oficialmente reconhecido, a anomalia da temperatura do mar precisa se manter abaixo de –0,5 °C por três trimestres consecutivos”, explica o NOAA.
Publicidade

🌦️ O que exatamente é a La Niña?
A La Niña é o oposto do famoso El Niño. Enquanto o El Niño aquece as águas do Pacífico e traz secas a algumas regiões, a La Niña faz o contrário: esfria as águas e intensifica as chuvas em certas partes do globo.
Esse contraste entre as duas fases, conhecido como ENOS (El Niño – Oscilação Sul), é um dos principais motores das variações climáticas que sentimos ano após ano.

🌎 Efeitos da La Niña no Brasil
Segundo o Inmet, os efeitos mais comuns no Brasil são:
-
Chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste;
-
Tempo mais seco no Sul do país;
-
Maior risco de queimadas no Pantanal e na Amazônia.
Em alguns casos, o retorno da La Niña provoca contrastes climáticos extremos: enquanto algumas regiões enfrentam enchentes, outras sofrem com estiagem e temperaturas elevadas.
Mas os cientistas alertam que nem toda La Niña é igual. Quando o fenômeno vem em intensidade fraca ou dura pouco tempo, seus efeitos podem variar bastante, já que outros sistemas atmosféricos também influenciam o clima global.
🔍 O que dizem as previsões?
Modelos climáticos do Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI) apontam que o fenômeno deve se estender até fevereiro de 2026, embora possa perder força nos primeiros meses do ano.
Há também uma chance de 50% de transição para uma condição neutra entre janeiro e março de 2026, o que significa que o clima pode voltar ao equilíbrio temporariamente.
Mesmo assim, a NOAA já lançou um sistema de previsão de intensidade da La Niña, que monitora as anomalias no Pacífico para prever impactos em tempo real.

🌍 Um alerta global
A La Niña não é apenas uma curiosidade científica: ela pode influenciar colheitas, energia elétrica e até a economia mundial. O excesso de chuvas em alguns lugares e a seca em outros alteram safras agrícolas, encarecem alimentos e aumentam o risco de desastres naturais.
“O planeta inteiro sente o impacto. É um lembrete de como tudo está conectado pelas correntes oceânicas e atmosféricas”, afirmam climatologistas do IRI.
No Brasil, especialistas recomendam que agricultores, autoridades e a população em geral acompanhem os boletins mensais do Inmet e estejam preparados para mudanças bruscas nas condições do tempo.